Lembrança: Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, esposa e 2 filhos morreram em queda de avião em SP em 2016
Avião do empresário caiu após decolagem num sábado em São Paulo.
Sua mulher e dois filhos também morreram no acidente.
O empresário Roger Agnelli,
ex-presidente da mineradora Vale, morreu na queda do avião monomotor de
sua propriedade sobre uma residência na Casa Verde, Zona Norte de São
Paulo, numa tarde de sábado. Sua mulher Andrea e dois filhos, Ana
Carolina e João, também morreram no acidente. O genro Parris
Bittencourt, a namorada do filho de Agnelli e o piloto foram as outras
vítimas. Uma mulher que estava fechando o portão da residência atingida
ficou ferida e foi levada ao pronto-socorro da Santa Casa.
A aeronave caiu na Rua Frei Machado,
110, perto da Avenida Braz Leme. e o aeroporto Campo de Marte foi fechado logo após o acidente. Segundo o major Hengel Ricardo Pereira, do Corpo de
Bombeiros, quinze carros e 45 bombeiros trabalharam na ocorrência.
O empresário de 56 anos foi presidente da mineradora Vale de
julho de 2001 a maio de 2011. Sob o comando de Roger
Agnelli, a Vale se expandiu internacionalmente e se consolidou como a
maior produtora global de minério de ferro e a segunda maior mineradora
do mundo.
Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, fala durante entrevista coletiva em Belo Horizonte, em fevereiro de 2013 - (Foto: Washington Alves/Reuters/Arquivo) |
Após deixar a Vale, fundou a AGN
Participações, uma empresa de logística e mineração. Desde 2012, estava à
frente da B&A Mineração, joint venture da AGN com o BTG Pactual com
projetos de exploração de fertilizantes, minério de ferro e cobre em
Belé (Pará) e em La serena, no Chile.
Além de presidir a Vale, Agnelli integrou o conselho de administração
de grandes empresas brasileiras como Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN), Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Latasa, Suzano
Petroquímica e Petrobras. Agnelli passou a integrar o Conselho da
Petrobras no início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, e saiu em 2007.
Bombeiros trabalham na área onde um avião monomotor caiu em uma casa no bairro da Casa Verde, em São Paulo, na tarde deste sábado (19) - (Foto: Nelson Almeida/AFP)
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Comandou Vale por 10 anos
Agnelli chegou ao cargo mais alto da Vale em 2001, após 19 anos como
executivo do Bradesco, um dos acionistas controladores da Vale. Na
gigante da mineração, implementou uma cultura de meritocracia e era
conhecido por sua disciplina e temperamento forte, destaca a agência
Reuters.
Durante sua gestão, a Vale intensificou
sua estratégia de expansão global, comprou a mineradora canadense Inco,
se tornando a segunda maior produtora de níquel do mundo, e também a
Fosfértil, que fez da empresa um importante player no mercado de
fertilizantes. Sob o comando de Agnelli, as ações da mineradora
registraram uma valorização de 1.583% e a Vale se transformou na
maior exportadora brasileira na maior parte da última década.
A saída do executivo da Vale em 2011 foi conturbada, em meio a
especulações de que sua saída foi uma exigência do governo da presidente
Dilma Rousseff.
A campanha pela saída de Agnelli começou ainda em 2008, durante o
governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando, durante a crise econômica,
a Vale demitiu quase 2 mil trabalhadores.
Roger Agnelli era formado em Economia pela Fundação Armando Álvares
Penteado (FAAP) e desenvolveu sua carreira profissional no Grupo
Bradesco, onde trabalhou de 1981 a 2001.
Antes de ser escolhido como presidente da Vale, Agnelli foi presidente do Conselho de Administração da empresa.
Em 2012, Roger Agnelli foi escolhido pela “Harvard Business Review” e
o Insead como o 4º CEO com melhor desempenho no mundo e único
brasileiro no ranking.
Roger era casado com a Andrea Agnelli e tinha dois filhos, Ana Carolina e João. Todos estavam no avião e morreram no acidente.
Fonte: http://g1.globo.com
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