Paraibana faz campanha na internet para comprar uma nova cadeira de rodas
A
paraibana Carolina Vieria, publicitária, modelo, feminista e ativista
na luta em defesa dos direitos das pessoas com deficiências, lançou uma
campanha na internet para arrecadar fundos para a compra de uma nova
cadeiras de rodas.
Carolina sofre de politraumatismo há 11 anos
após um acidente automobilístico, desde então, precisa de uma cadeira de
rodas para se locomover. Sua atual cadeiras de rodas já não tem
servido para suas aditividades diárias e a publicitária compartilha com
seus amigos que já não suporta o incomodo que a mesma produz ao seu
corpo.
Encorajada por amigos ela lançou uma “vaquinha virtual”
para conseguir levantar a quantia de R$ 7.500,00 ( sete mil e quinhentos
reais) para conseguir a nova cadeira de rodas.
Em uma publicação divulgada na internet ela narra a sua história e os motivos da campanha virtual.
Confira:
Cadeira de Rodas, Carol te quer!
Carolina
Vieira 34 anos, deficiente física cadeirante, publicitária, modelo,
feminista e ativista na luta em defesa dos direitos da Pessoa com
Deficiência. Em junho de 2007, no auge da minha juventude aos 23 anos,
estudante do curso de educação física e professora de dança de salão,
sofri um acidente automobilístico. Estava na garupa da moto, quando por
uma infração de trânsito na Av Pedro II nos chocamos com um carro e
depois com outro carro.
Resultado: politraumatismo, 5
paradas cardiorrespiratórias, 4 costelas fraturadas, traumatismo
craniano, maxilar fraturado, derrame nos pulmões, fígado comprometido,
nervo do braço esquerdo arrancado da medula, fratura da vértebra do
pescoço e mais 4 vértebras fraturadas, que resultaram uma lesão na
medula que comprometeram meus movimentos da cintura pra baixo, um coma
de 8 dias e 5 cirurgias.
E ainda passado o coma, uma
infecção hospitalar adquirida por 6 pessoas.E de todos eu a única
sobrevivente da infecção para contar a história.
Uffaaaaaaa’
depois desse primeiro impacto pensei: “papai do céu tem uma missão pra
mim”. E com uma certeza. Ou fico no luto ou vou pra luta.
E
cá estou eu, hoje formada em publicidade, modelo fotográfica, mãe de
coração de um lindo garotão autista, meu enteado Henrique. Casada com
um companheirão de todas as horas Gustavo Corrêa, também deficiente e
ativista na luta pelos nossos direitos. E que conheci nos movimentos
sociais.
Transformei minha luta diária em militância
pelos direitos das pessoas com deficiências na representação de
entidades aqui da Paraíba.
E ao lado longo de 11 anos da
então adquirida Deficiência, fiz parte da extinta Associação de
Deficientes e Familiares- Asdef na condição de vice-presidente e hoje
pela Associação Atlética das Pessoas com Deficiências da Paraíba AAPD-PB
ainda participo de cursos, capacitações, conferências e Conselhos de
Direitos, exercendo controle social de gestão em políticas públicas pra
nós Pessoas com Deficiências dentro e fora do Estado.
A ‘VAKINHA’
Depois
de muita história de quebra e conserta. Arruma daqui, troca peça dali e
Aperta aculá. E a última que foi uma queda que quase me machucou
grave!!! Encorajada por amigos, tomei fôlego e resolvi criar essa
vaquinha.
Não tenho mais saúde e condições de esperar por mais dois anos, a doação de cadeira de rodas via SUS.
A
cadeira não dá mais caldo. E eu conseqüentemente fico sem minhas
rodinhas que me levam aos caminhos da vida, por não ter condições de
comprar.
E não tenho vergonha de tornar público isso.
Estou andando na base do improviso e quebra, quebra. Uma cadeira de
rodas da qual fui recomendada pelo terapeuta a adquirir, por causa do
tipo da minha lesão, custa em torno de 6 mil reais. Fora o frete!
E
por isso decidi fazer uma campanha no site Vakinha Virtual, que incluso
esses valores como taxas administrativas do site e os custos do frete,
que calculados, somam mais mil e quinhentos reais.
LASQUEI-ME! um absurdo. Os olhos da cara. É um modelo mais simples, não consigo utilizar.
Estou
aqui para o que acontecer. Parada é que não vou ficar. Toda
contribuição financeira, compartilhamentos e divulgação, me ajudarão.
O que tenho a dizer é GRATIDÃO!
MaisPB
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