Ministério da Saúde anuncia: Sistema Único de Saúde terá remédio para tratar doença rara
O
Ministério da Saúde anunciou hoje (3) a incorporação do medicamento
dicloridato de sapropterina, utilizado no tratamento da fenilcetonúria,
ao Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio deve estar disponível na rede
pública em até 180 dias e será ofertado a mulheres que estejam em
período pré-concepcional ou em período gestacional e que tenham feito
teste de responsividade positivo ao medicamento.
De acordo com a
pasta, o uso do dicloridato de sapropterina para o tratamento da
fenilcetonúria é feito de forma complementar à realização de dieta, com
restrição de alimentos como carne, ovo, trigo e feijão, além do uso de
fórmula metabólica rica em aminoácidos, vitaminas e minerais.
“Para
incorporar o medicamento ao SUS, foram realizadas discussões com
profissionais da saúde e especialistas que compõem a Comissão Nacional
de Incorporação de Novas Tecnologias ao SUS (Conitec)”, informou o
ministério, por meio de nota. “Além disso, também foi levado em conta as
observações e sugestões da população, sendo a maioria de pacientes e
familiares dos portadores da doença.”
A fenilcetonúria tem herança
genética e faz com que o indivíduo nasça sem uma importante enzima
(fenilalanina-hidroxilase), dificultando o trabalho do organismo na
quebra adequada de moléculas de aminoácido presente em proteínas animais
e vegetais (fenilalanina-FAL). Os altos níveis desse aminoácido e de
substâncias associadas a ele, no corpo, exercem ação tóxica em vários
órgãos, especialmente no cérebro.
Números
Dados
da Sociedade Brasileira de Pediatria revelam que um em cada 12 mil
nascidos vivos é diagnosticado com fenilcetonúria. A doença é
identificada logo que a criança nasce, por meio do teste do pezinho. O
exame identifica outras cinco doenças: hipotireoidismo congênito, doença
falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia
adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
Agência Brasil
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