quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

A dor da perda de um ente querido

Tristeza e desespero: ciência diz que o luto pelo falecimento de um ente querido pode matar

O luto impulsiona e intensifica a depressão, que por sua vez pode diminuir a resistência do corpo e causar o aparecimento de processos inflamatórios


Tristeza e desespero: ciência diz que o luto pode matar
No entanto, é necessário e recomendável ter acompanhamento psicológico para que o sofrimento não implique ainda riscos maiores, tendo em conta que um estudo divulgado na publicação ScienceAlert afirma que o momento trágico pode levar inadvertidamente à morte do individuo que sofre a perda.
A pesquisa salienta que os idosos são os mais afetados, principalmente quando são casados e perdem o parceiro de décadas.
Isso acontece porque o sofrimento que o luto acarreta provoca uma maior incidência de problemas cardiovasculares e processos inflamatórios no corpo.
De modo a comprovar essa teoria, uma equipe de pesquisadores da Rice University, nos Estados Unidos, liderados pelo cientista Chris Fagundes, analisou 99 indivíduos que tinham perdido um cônjuge há menos de três meses.
Por que isso ocorre?
De acordo com os acadêmicos, o luto pode desencadear a depressão, o que por sua vez aumenta os processos inflamatórios do corpo, aumentando o riscos de ataque cardíaco e de morte prematura.
Para efeitos da pesquisa, os cientistas entrevistaram os participantes, os dividiram de acordo com a gravidade do seu estado mental. Em seguida, coletaram amostras de sangue aos voluntários. Quem estava passando por um luto mais severo apresentava maiores níveis de citocina pró-inflamatória no corpo, ou seja, de proteínas que agravam as inflamações que afetam o organismo.
Segundo o mesmo estudo, o aumento dessas proteínas no corpo corresponde a um risco 17% maior de ocorrência de processos inflamatórios.
Próximos passos para a ciência
"Agora que detectamos essa relação, podemos começar a desenvolver medidas de intervenção para ajudar quem está vivendo um luto particularmente difícil. Podemos intervir com tratamentos comportamentais ou farmacológicos", explica Chris Fagundes, autor do estudo, em uma entrevista ao periódico científico Psychoneuroendocrinology.
LifeStyle ao Minuto 

Nenhum comentário:

Postar um comentário