“Pô,
porque o cara não entregava dinheiro em espécie? Quando há ilicitude, o
dinheiro é entregue em espécie. A partir do momento que você coloca
conta bancária, você está passando recibo, né?”, afirmou à revista.
Mourão
disse que ainda “não há elementos para emitir um juízo de valor sobre o
caso” e que não sabe até que ponto Flávio Bolsonaro tinha conhecimento
sobre as movimentações.
“O
dono da bola se chama Queiroz (Fabrício José Carlos de Queiroz). Ele é o
dono da bola. É o dono da bola. Esse cara tem que vir a público e
dizer. Ou ele diz: “Não, isso era um esquema meu, que eu arrumei emprego
para esse povo todo aqui e eles me pagaram”, ou ele diz que a culpa é
do Flávio”, disse à Crusoé.
Em uma live nesta quarta-feira, o
presidente eleito admitiu que está disposto “a pagar a conta” caso a
investigação aponte irregularidade na movimentação do dinheiro entre
2016 e 2017 de Fabrício José Carlos de Queiroz , ex-assessor de seu
filho Flávio Bolsonaro. Bolsonaro disse que o caso “dói no coração ”, porque, segundo ele, “o que tem de mais firme (em seu projeto de governo) é o combate à corrupção”.
—
Se algo estiver errado comigo, meu filho ou o Queiroz, que paguemos a
conta desse erro. Não podemos comungar com erro de ninguém — disse
Bolsonaro, em um pronunciamento ao vivo pelo Facebook, que druou 16
minutos.
Queiroz é citado em um relatório do Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (Coaf) anexado à Operação Furna da Onça, que
no mês passado prendeu deputados estaduais do Rio. O volume de recursos
movimentados em sua conta bancária foi considerado atípico. Entre as
movimentações que constam do relatório está um cheque de R$ 24 mil pagos
à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O relatório do Coaf
também cita que a conta de Queiroz recebeu repasses de oito funcionários
e ex-funcionários do gabinete de Flávio. O órgão listou outros
funcionários de gabinetes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que
tiveram movimentação atípica. O Ministério Público do Rio já tem
procedimentos em curso, que correm sob sigilo, para investigar possíveis
irregularidades cometidas por servidores da Assembleia, com base no
relatório do Coaf. O MP não esclarece se as movimentações financeiras de
Queiroz estão sob investigação.
Bolsonaro está sob “grave ameaça”, afirma Mourão
O
vice-presidente eleito afirmou ainda que seu companheiro de chapa está
sob “grave ameaça”. Mourão diz que há registros atuais dos serviços de
inteligênca que mostram desde ameças de atirador a carro-bomba: “Tem de
tudo”. Questionado se há uma perspectiva de o país se torne alvo de
terrorismo internacional, Mourão diz que há indícios.
Fonte: O Globo - Publicado por: Gerlane Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário