quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Médium nega ter cometido crimes durante atendimento espiritual

Suspeito de abusos sexuais, João de Deus presta depoimento no Ministério Público de Goiás, em Goiânia


Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Suspeito de abusos sexuais, João de Deus presta depoimento, nesta quarta-feira (26), na sede do Ministério Público de Goiás, em Goiânia. Os promotores precisam ouvi-lo para concluir a primeira denúncia contra o médium e encaminhá-la para o Poder Judiciário, o que precisa ser feito, no máximo, em até quatro dias, devido ao prazo legal. O médium nega ter cometido crimes durante atendimentos espirituais em Abadiânia.
João de Deus está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, e saiu, sob forte escolta, para a sede do órgão. O trajeto dutou 15 minutos.
O médium chegou por volta das 10h ao MP-GO. No local, os agentes se posicionaram de forma com que não fosse possível filmar o momento em que o investiado desceu do carro e entrou no prédio. O depoimento começou cerca de 40 minutos depois.
Os promotores iniciaram uma força-tarefa para apurar as denúncias contra o médium após relatos de mulheres virem à tona no programa Conversa com Bial, no início de dezembro. Até a manhã desta quarta-feira, o MP-GO recebeu quase 600 denúncias, por e-mail, contra o médium.
Do total de relatos, a força-tarefa colheu 77 depoimentos de mulheres. Outra pessoa deve ser ouvida nesta tarde.
Assim como o MP-GO, a Polícia Civil de Goiás montou uma força-tarefa para apurar os crimes. Os policiais receberam 16 denúncias, sendo que nove viraram inquéritos.
Um dos procedimentos já foi concluído e indiciou o médium por violação sexual mediante fraude. Conforme a investigação, o caso aconteceu em 24 de setembro e se trata do registro mais recente contra João de Deus.
Os promotores vão juntar o inquérito que a Polícia Civil concluiu com outros três relatos que recebeu para oferecer a primeira denúncia contra o médium. O documento precisa ser entregue ao Poder Judiciário até domingo (30), que é o prazo legal.
G1

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