Saiba porque a Netflix, o Youtube, os tablets e os smartphones estão acabando a nossa vida sexual
Responda
rápido: você prefere fazer sexo ou botar a sua série preferida em dia?
Pensa bem: A Casa de Papel, Orange is the New Black, Narcos, Breaking
Bad…. Um estatístico respeitado da Universidade de Cambridge, David
Spiegelhalter, tem afirmado em palestras que a Netflix está fodendo a
nossa vida sexual. Ok, sejamos justos: não só a Netflix, mas o Youtube,
os tablets, os smartphones… Estamos usando mais dedo na tela do que em
outras “plataformas”.
Depois de analisar estudos sobre frequência sexual ao longo das últimas décadas, o professor e autor do livro “Sex by Numbers”
é categórico: nesse ritmo, a média de transas nos relacionamentos em
2030 será bem próxima a ZERO! Papinho muito Black Mirror pra você? Ele
cita, por exemplo, a “Pesquisa Nacional de Atitudes e Estilos de Vida
Sexuais” lá do Reino Unido. Em 1990, os casais de 16 a 64 anos faziam
sexo cinco vezes por mês. Diminuiu pra quatro vezes por mês em 2000, e
três em 2010. Ou seja, em 20 anos, a frequência caiu 40% – apesar de hoje em dia a gente falar muito mais sobre sexo.
Agora,
se liga nesse link: outro estudo, feito por pesquisadores da
Universidade de Lancaster (também no Reino Unido), mostrou que o horário
de pico da internet é entre 10 e 11 horas da noite, graças ao uso dos
serviços de streaming/vídeos. Mesmo que você não tenha o hábito de
assistir séries, provavelmente fica deitado até tarde mexendo nas redes
sociais. Vinte anos atrás, quando não existiam smartphones ou Netflix, e
a gente ficava sem muitas opções depois da novela das oito ou do
Fantástico. E aí, o que acontecia?
Em
geral, a galera ia pro quarto em busca de outro tipo de entretenimento –
sexo ou sono. Talvez você fosse pra internet… no computador de mesa,
com aquela CPU e tal. Mas certamente, naquela época, você não levava a
internet pra cama, pra dividir espaço com seu parceiro(a). Hoje, com
dispositivos móveis, conectividade em massa, esse hábito de ficar
checando o celular direto e com um cardápio virtual infinito… não temos
mais tempo pro “tédio”, pro “hum, já que a gente tá aqui sem nada pra
fazer…”.
Isso faz tanto sentido que, quando uma pessoa conta que
tem, sei lá, 10 irmãos, o que ela costuma ouvir? “Seus pais não tinham
tv em casa, não?”. Agora a moda é tipo: “Ai, sexo… preguiça! Será que
consigo assistir mais três episódios sem perder o alarme amanhã cedo?”. O
professor David culpa essa compulsão por séries pela nossa baixa libido
– especialmente entre as gerações mais jovens.
Um estudo publicado no Journal of Sexual Medicine comparou
dados sobre o desejo sexual dos alemães e concluiu que, entre 2005 e
2016, a proporção de homens sexualmente ativos caiu 8% – e aumentou em
5% o número daqueles que se dizem sem vontade de transar. Muitos especialistas começam a defender que estamos fazendo menos sexo e nos masturbando mais por causa, principalmente, da pornografia a um clique de distância. Dá muito menos trabalho e as atrizes pornôs tão disponíveis a qualquer hora pra realizar fantasias bem específicas, né?
A
qualidade do sexo de um casal sempre vai ser mais importante do que a
quantidade. Mas, pô, não dá pra ser uma temporada de 6 episódios.
Fonte: Na Pimentaria - Publicado por: Alana Yaponirah
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