Ministério Público denuncia jovem que ficou com jogador Daniel em festa por fraudar provas do crime
Evellyn Perusso, de 19 anos, foi
denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) no caso da morte do
jogador de futebol Daniel Corrêa. O nome dela não havia sido apontado
na lista de pessoas indiciadas após o fim do inquérito policial.
Contudo, o promotor do caso, João Milton Salles, decidiu incluí-la na
denúncia. Evellyn responderá por denúncia caluniosa, fraude processual e
corrupção de menor.
Segundo o promotor, durante os
depoimentos que prestou sobre o caso, a jovem indicou Eduardo Purkote
como uma das pessoas que agrediu Daniel na casa da família Brittes e que
teria entregado a Edison Brittes a faca que ele usou para matar o
jogador. Purkote chegou a ser preso temporariamente, mas foi liberado
após a investigação concluir que ele não teve participação em nenhuma
etapa do crime.
— Ela dolosamente atribuiu conduta
criminosa a esse rapaz. O que eu tenho é um fato concreto, restará saber
agora o que teria motivado essa atitude — disse o promotor.
A promotoria aponta também que Evellyn
seria uma das pessoas que ajudou a limpar o sangue do jogador e outros
vestígios do crime que estivessem pela casa, o que é considerado fraude
processual. Ela será denunciada por corrupção de menores, pois uma das
pessoas que estavam na casa era menor de idade e teria sido coagida a
também limpar as provas do crime.
O advogado de defesa, Luis Roberto
Zagonel, disse que recebeu com “extrema surpresa” a denúncia contra
Evellyn. Para o criminalista, a cliente foi coagida por Edison Brittes a
limpar as provas do crime na residência da família e prestou um
depoimento “coerente com tudo que teria viu na casa”.
— Evellyn ajudou de forma preponderante
nas investigações. É importante salientar que não foi ela quem trouxe a
figura de Eduardo Purkote para o crime. Ela foi a terceira pessoa a
falar sobre a participação dele no crime, depois de Edison Brittes e
ainda outra testemunha. Purkote é inclusive um dos que aparece na
reunião com a família Brittes em um shopping logo após a morte do
jogador.
Em relação ao crime de corrupção de
menor, Zagonel aponta que, assim como Evellyn, a menor que estava na
casa foi obrigada por Edison Brittes a limpar vestígios do sangue do
jogador pela casa.
— Vamos aguardar ela ser citada para a
presentar defesa própria e vamos apresentar todas as provas que apontam a
inocência dela — afirmou o advogado.
Amiga de Allana Brittes, filha do
assassino confesso do jogador, Evellyn disse que foi ela que a
apresentou para Daniel. Os dois se beijaram durante a festa de
aniversário de Allana em uma boate de Curitiba, antes do grupo continuar
a comemoração em São José dos Pinhais.
Daniel Corrêa, de 24 anos, foi
encontrado morto numa área rural do Paraná no fim de outubro. Daniel
passou por grandes clubes do futebol brasileiro, como o Coritiba,
Botafogo e Ponte Preta. O meia tinha contrato até dezembro com o São
Paulo, que havia emprestado o jogador ao São Bento.
Fonte: extra.globo.com
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