Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal desarquiva inquérito sobre Aécio Neves
Com a decisão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) terá 60 dias para concluir diligências pendentes

© Reuters
A Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (20) desarquivar o
inquérito que trata das investigações sobre o senador Aécio Neves
(PSDB-MG), suspeito de participar de irregularidades em Furnas,
subsidiária da Eletrobras em Minas Gerais. A decisão foi tomada por 3
votos a 2.
Com a decisão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) terá 60 dias para concluir diligências pendentes e também deverá se manifestar sobre o arquivamento da investigação.
Os
ministros julgaram um recurso da PGR contra decisão individual do
ministro do STF Gilmar Mendes que determinou o arquivamento da
investigação. A decisão divergiu do entendimento da procuradoria, que
pediu a remessa do inquérito para a Justiça Federal do Rio de Janeiro.
O
julgamento começou em setembro, quando houve um empate em 2 a 2 na
votação, que foi suspensa por um pedido de vista do ministro Ricardo
Lewandowski. Ao retomar o caso nesta tarde, o ministro votou para que os
autos sejam encaminhados à PGR.
Na sessão anterior, os ministros
Gilmar Mendes e Dias Toffoli manifestaram-se pelo arquivamento e Edson
Fachin e Celso de Mello, pelo envio do processo para a Primeira
Instância da Justiça, como defendeu a PGR.
Ao determinar o
arquivamento, Gilmar Mendes levou em conta um relatório da Polícia
Federal (PF) que concluiu pela falta de provas da participação de Aécio
Neves em um suposto esquema de corrupção na estatal do setor elétrico.
De
acordo com o delegado responsável pelo caso, após a tomada de
depoimentos de políticos de oposição e delatores, foi possível concluir
que “inexistem elementos que apontem para o envolvimento” do senador. “A
partir do conteúdo das oitivas realizadas e nas demais provas carreadas
para os autos, cumpre dizer que não é possível atestar que Aécio Neves
da Cunha realizou as condutas criminosas que lhe são imputadas", diz o
relatório da PF.
A investigação foi aberta em 2016, a pedido do então procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, para apurar o suposto cometimento dos
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Notícias ao Minuto com informações
da Agência Brasil
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