Mãe e filha mortas em carro tomado por enxurrada em Belo Horizonte estavam abraçadas e com terço nas mãos
Cristina
Pereira Matos, de 40 anos, e a menina Sofia Pereira, de 6, encontradas
mortas em um carro tomado pela enxurrada estavam abraçadas e com um
terço nas mãos, informou o Corpo de Bombeiros nesta sexta-feira (16).
Até as 9h30, Anna Luísa Fernandes de Paiva Maria, de 16 anos, seguia
desaparecida – ela foi sugada por uma galeria em Venda Nova.
Impactos da chuva
- Uma mulher e uma menina de 6 morreram afogadas dentro de carro
- Uma jovem de 16 anos está desaparecida após cair em galeria
- Houve alagamentos na Avenida Vilarinho e Rua Doutor Álvaro Camargos
- Estação Vilarinho do metrô está fechada
- Parte de casa desabou no bairro Jardim dos Comerciários
- Prefeito Alexandre Kalil prometeu obras e assumiu a culpa pelas mortes.
Os
dois corpos estavam em um Palio prata na Avenida Vilarinho, na Região
de Venda Nova, em Belo Horizonte, que foi tomado por uma enxurrada nesta
quinta-feira (15).
O
volume da água foi tanto que atingiu aproximadamente dois metros de
altura e muita lama se espalhou pela avenida. Uma retroescavadeira da
prefeitura começou a limpeza ainda de madrugada.
Parte
do alambrado da linha do metrô foi arrancada e muito lixo ficou preso à
cerca. Ainda por causa da chuva, a Estação Vilarinho foi fechada e a
composição fazia as viagens até a Estação Floramar. Ela permanecia
fechada até as 9h40.
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Carro em que estavam mãe e filha mortas durante temporal em BH ficou cheio de lama — Foto: Reprodução/GloboNews |
As
vítimas ficaram presas dentro do carro por causa da inundação e se
afogaram. O trecho ficou alagado após vários córregos que margeiam a via
transbordarem.
A
Avenida Vilarinho, um dos mais movimentados acessos à Região Norte de
Belo Horizonte, foi a mais afetada. Carros foram arrastados, pessoas
ficaram ilhadas e muitas se arriscaram na travessia.
Desaparecida
Segundo
os bombeiros, uma jovem de 16 anos também foi levada pela enxurrada na
Rua Doutor Álvaro Camargos, no bairro São João Batista, em Venda Nova.
Segundo os militares, ela está desaparecida e as buscas foram retomadas
por volta das 5h30.
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Pessoas se arriscam ao tentar atravessar a Avenida Vilarinho, em Belo Horizonte — Foto: Lucas Franco/TV Globo
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Recorde
De acordo com a Defesa Civil, este foi o dia mais chuvoso do ano na capital mineira.
O acumulado de chuva, segundo o órgão, por regional, das 12h30 até 20h30, foi de:
- Barreiro – 35,0 mm
- Centro Sul – 38,6 mm
- Leste – 22,4 mm
- Nordeste – 12,6 mm
- Noroeste – 35,8 mm
- Norte – 20,6 mm
- Oeste – 63,6 mm
- Pampulha – 95,4 mm
- Venda Nova – 84,6 mm
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Parte de uma casa desabou por causa da chuva em Venda Nova, na capital mineira — Foto: Ricardo Andrade/Arquivo pessoal
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Estragos
Parte de uma casa desabou no bairro Jardim dos Comerciários, em Venda Nova. Quatro adultos e uma criança estavam no local no momento em que paredes do imóvel cederam. Os bombeiros foram acionados.
Parte de uma casa desabou no bairro Jardim dos Comerciários, em Venda Nova. Quatro adultos e uma criança estavam no local no momento em que paredes do imóvel cederam. Os bombeiros foram acionados.
“Pessoal
teve alguns arranhões, mas nada sério. Estamos aqui ajudando a
vizinha”, disse Ricardo Andrade que mora na casa ao lado.
Houve queda de muros no bairro Braúnas, na Região da Pampulha, e no Jardim Leblon, em Venda Nova.
Alexandre Kalil
O
prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), disse na manhã desta
sexta-feira (16) que a responsabilidade pelas duas mortes no temporal é
dele.
“Então o que eu volto a repetir para a população de Belo Horizonte é o seguinte: ‘A responsabilidade é do prefeito. Ele é o culpado por tudo que aconteceu aqui’”, disse.
Ainda
de acordo com Kalil, as obras necessárias para evitar alagamento e
inundações na Avenida Vilarinho, na Região de Venda Nova, serão feitas.
“Nós vamos fazer. Nós não somos como os outros. Nós não corremos da
nossa responsabilidade e nós fomos eleitos para cuidar dessa população”.
Fonte: g1.globo.com
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