Haddad acusa Bolsonaro de organização criminosa e vai à Polícia Federal
Declaração se refere à suposta campanha contratada por apoiadores do candidato do PSL, no WhatsApp, contra o PT
© Paulo Whitaker / Reuters
O candidato do PT à
Presidência, Fernando Haddad, publicou uma sequência de tuítes
repercutindo a manchete da Folha de S.Paulo desta quinta-feira (18), que
informa que empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de
mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na
semana anterior ao segundo turno.
A Folha de S.Paulo apurou que cada contrato chega a R$ 12
milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan, cujo o dono,
Luciano Hang, é amigo e apoiador de Jair Bolsonaro (PSL). Os contratos
são para disparos de centenas de milhões de mensagens. Questionado, Hang
disse que não sabe "o que é isso".
As
empresas apoiando Bolsonaro compram um serviço chamado "disparo em
massa", usando a base de usuários do próprio candidato ou bases vendidas
por agências de estratégia digital. Isso também é ilegal, pois a
legislação eleitoral proíbe compra de base de terceiros, só permitindo o
uso das listas de apoiadores do próprio candidato (números cedidos de
forma voluntária).
"A Folha hoje comprova que o deputado Bolsonaro
criou uma verdadeira organização criminosa com empresários que,
mediante caixa 2, dinheiro sujo, estão patrocinando disparos de
mensagens mentirosas no WhatsApp. Meu adversário está usando crime
eleitoral para obter vantagem. Ele, que dizia que faz a campanha mais
pobre, foi desmentido hoje. Ele faz a campanha mais rica do país com
dinheiro sujo", afirma Haddad.
O candidato diz ainda que a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral
serão acionadas para "impedir o deputado Bolsonaro de agredir
violentamente a democracia como ele tem feito. Fazer conluio com
dinheiro de caixa 2 pra violar a vontade popular é crime. Ele que foge
dos debates, não vai poder fugir da Justiça."
Notícias ao Minuto com informações da
Folhapress - Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
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