sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Pagamento de propina

A mulher que hoje mora em Paris pode ser responsável pela ”desgraça” de Michel Temer



Segundo a revista Veja, planilha apresentada em 2001 por Érika Santos para comprovar renda do então companheiro apontava possíveis repasses de suborno a pessoa identificada como “MT”
Documentos relacionados a um processo de separação litigiosa de 2001 estão ressurgindo na investigação que apura esquema de corrupção no Porto de Santos. Reportagem da revista Veja deste final de semana revela que planilhas apresentadas por Érika Santos quando tentava separação do então companheiro, o economista Marcelo de Azeredo, comprovam que o pagamento de propina envolvendo negócios no porto já ocorria desde a década de 90. Azeredo era presidente da Codesp, administradora do Porto de Santos. 
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Érika vive hoje em Paris, onde é blogueira de moda, e foi localizada pela reportagem de Veja, que já havia noticiado o caso em 2001. Segundo a revista, a Polícia Federal (PF) está agora desarquivando um inquérito sobre o assunto que acabou não tendo prosseguimento depois das denúncias de Érika — posteriormente, após as planilhas virem à tona, Érika passou a negar ser ela a responsável por encaminhá-las à Justiça, conforme Veja.
Os documentos indicavam supostos pagamentos de suborno de empresas a pessoas identificadas como MT (que seria uma referência ao presidente Michel Temer), MA (seria Marcelo de Azeredo) e Lima (seria o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer e também preso na Operação Skala, de quinta-feira).
Temer, à época deputado federal, ameaçou processar Érika, que entrou em acordo com os advogados dele e do marido. Ela desistiu da ação de separação litigiosa e deixou o país, conforme a reportagem. Ainda segundo Veja, a PF tentou investigar as denúncias, intimou Temer, que alegou foro privilegiado para não ser ouvido. O caso foi remetido para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde foi arquivado em 2011.
A suspeita de que o esquema de corrupção envolvendo o Porto de Santos tem mais de duas décadas foi registrada pelo ministro Luís Roberto Barroso quando determinou a prisão de investigados na Operação Skala. Érika, segundo a revista, é considerada testemunha-chave para esclarecer a possível ligação de Temer com o esquema. A Veja, ela confirmou que Temer e Azeredo eram amigos, mas não se mostrou disposta a falar do passado.
Conforme a reportagem, Érika voltou a negar ter entregue a planilha à Justiça, disse que “todo mundo já sabe a verdade”, que “não vai expor ninguém agora” e reclamou de ter sido a única prejudicada à época: “Eu fui a única prejudicada nessa história. O Temer está aí, milionário. Está todo mundo milionário”.
Veja diz que Érika deve ser ouvida nos próximos dias pela PF, assim como seu ex-companheiro Azeredo, a fim de esclarecer se empresários pagavam propina a Temer ou a assessores seus.
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FONTE: Jornal do País - gauchazh.clicrbs.com.br

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