Policial militar paraibano que pedir voto e estiver fardado pode ficar preso por um mês
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| Comando Geral da Polícia Militar em João Pessoa |
Dados
do Tribunal Superior Eleitoral apontam que 25 candidatos nas eleições
deste ano na Paraíba pertencem a Polícia Militar. No ranking das
ocupações, os postulantes militares só perdem para empresários,
advogados, deputados e estudantes.

Mas,
para quem faz parte da corporação e deseja estar na disputa é
necessário seguir alguns regimentos internos. Para que possa ter a
garantia de retorno ao serviço na ativa ou vá para reserva, caso seja
eleito, é preciso ter mais de dez nos de atividades. Caso contrário,
quem escolher seguir à política tem que abandonar a farda de vez.
Ao Portal MaisPB,
o diretor do Centro de Ensino da Polícia Militar da Paraíba, coronel
José Ronildo, explicou como é o processo para que um militar seja
candidato.
“O miliar não pode ser filiado a nenhum partido, porém a
legislação permite que o policial se filie no dia da convenção
partidária. Em seguida, ele precisa pegar a ata do encontro e entregar
ao comandante. Quando a candidatura é registrada no TRE, ele é
automaticamente afastado para a campanha, mas continua recebendo. Se for
eleito, vai para a reserva da PM, mas se for derrotado volta ao serviço
normalmente”, afirmou.
De acordo com o coronel, nas eleições de
2008 alguns militares registraram a candidatura com um período de
serviço abaixo do permitido e acabaram excluído. Porém, eles ingressaram
na justiça e conseguiram o direito de retornar ao ofício.
Pena para quem não seguir as regras
Ao
aceitar entrar na disputa, o candidato que é militar precisa seguir
regras estabelecidas pelo comando. A principal é a proibição de usar a
farda para pedir voto, já que na visão da PM ele não representa o
conjunto, mas sim um desejo único de concorrer ao cargo público.
“Eles
só podem usar o prenome capitão, sargento, major, porque essa graduação
acaba incorporando ao nome da pessoa. Podem dizer sou ‘capitão fulano’,
mas não podem aparecer fardados, pois não representam a instituição. O
regulamento proíbe qualquer PM de se manifestar em nome da corporação ou
do comandante, sem a autorização. Quem fizer isso pode ser advertido ou
até ficar preso por até 30 dias”, justificou o coronel José Ronildo.
Clamor popular ajuda quem prioriza segurança
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| Professor Gustavo Tavares – UFPB |
Na
avaliação do professor de Ciências Políticas da Universidade Federal da
Paraíba, Gustavo Tavares, a campanha presidencial já mostra uma
tendência de parte da população ao candidato Jair Bolsonaro, que apesar
de não usar nenhum prenome ligado ao serviço militar, consegue atrair a
atenção de parte da população mais ligada ao campo da direita.
“Se
você fizer uma análise, as instituições militares são bem avaliadas em
relação as legislativas e judiciais, elas estão com 80% de aprovação
diante do público. Então, é muito bom você ser candidato de uma
instituição que tem um alto índice de popularidade e aceitação do
público. O Bolsonaro, por exemplo, surfa muito bem nisso, traz um peso
muito grande consigo, apesar de ser deputado há muito, mantém aquele
vínculo de capitão do Exército”, pontuou.
Wallison Bezerra – MaisPB


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