Internet: Presidente Michel Temer sanciona Lei Geral de Proteção de dados
O
presidente Michel Temer sancionou a Lei Geral de Proteção de Dados. A
norma estabelece regras para coleta e tratamento de informações de
indivíduos por empresas e por instituições públicas. Contudo, ela só
entrará em vigor depois de um período de transição de 18 meses.
O
texto foi aprovado pelo Senado Federal no dia 10 de julho. A matéria
já havia sido aprovada na Câmara, em maio, por unanimidade. A nova
legislação é discutida desde 2010 e iguala o Brasil a mais de 100 países
que já possuem norma sobre o assunto, alterando o cotidiano de
usuários, empresas e do Poder Público, como mostrou a Agência Brasil.
Contudo,
o texto foi sancionado com vetos a alguns pontos. O principal diz
respeito à criação de um órgão regulador denominado Autoridade Nacional
de Proteção de Dados (ANPD). Pela redação aprovada no Senado, esta
instituição ficaria responsável pela edição de normas complementares e
pela fiscalização das obrigações previstas na lei. Também teria poder,
por exemplo, para exigir relatórios de impacto à privacidade de uma
empresa, documento para identificar como o processamento é realizado, as
medidas de segurança e as ações para reduzir riscos. Poderia também
fazer uma auditoria para verificar, na empresa, se o manejo dos dados
foi realizado corretamente.
O presidente justificou o veto por um
problema jurídico uma vez que a criação do órgão regulador precisaria
ser realizada por meio de uma iniciativa do Poder Executivo, e não por
meio de lei aprovada pelo Parlamento. De acordo com o presidente, o veto
é uma questão “formal” e não altera o mérito da nova lei.
Temer e
ministros presentes à cerimônia informaram que a criação do órgão
regulador será por um projeto de lei específico a ser enviado ao
Congresso, mas não descartaram a possibilidade de uma medida provisória.
“Eu vou mais ou menos deixar tal como está no projeto. A questão foi de
vicio de iniciativa. Eu vou consertar esse vício. Agora mais do que
isso, continua igual o projeto [da forma como enviado da Câmara]”,
disse.
Temer vetou também parte das sanções previstas no texto,
como a suspensão do funcionamento de bancos de dados ou da atividade de
tratamento, além de alguns dispositivos relacionados ao tratamento de
dados pelo Poder Público, como requisitos para o uso compartilhado de
informações de cidadãos.
Os vetos foram solicitados pelo Banco
Central, Controladoria Geral da União e ministérios do Planejamento, da
Fazenda, da Segurança Pública, da Justiça e da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações.
Agência Brasil

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