Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, vira réu em ação de improbidade administrativa
Foto Lula Marques/ AGPT |
A
Justiça de São Paulo aceitou uma ação de improbidade
administrativa proposta pelo Ministério Público contra o candidato a
vice-presidente pelo PT e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, por
irregularidade na construção de trecho de ciclovia na capital paulista.
Além de Haddad, três pessoas e a empresa que construiu a ciclovia se tornaram rés.
Os
promotores Nelson Sampaio e Marcelo Milani apontaram no inquérito civil
“diversas irregularidades nas obras de implantação das ciclovias do
município de São Paulo, denominada ‘Operação Urbana Consorciada Faria
Lima’.
Segundo o documento, foram violadas as normas do direito
público na implementação do trecho de ciclovia Ceagesp-Ibirapuera, com
extensão de 12,4 quilômetros.
Por meio de nota, a assessoria de
Fernando Haddad afirmou que, no despacho, o próprio juiz cita as medidas
tomadas pelo ex-prefeito, via Controladoria Geral do Município, como
argumento para afastar culpa ou dolo. A nota afirma, ainda, que o juiz
diz que o ex-prefeito, ao criar a Controladoria, dava sinais de que não
tinha qualquer intento ilegal.
Contratos analisados no inquérito
Seis
contratos da Prefeitura de São Paulo com a empresa Jofege Pavimentação e
Construção Ltda foram analisados. Neles, os promotores afirmam ter
encontrado problemas como o custo do quilômetro da obra, que chegou a R$
4,4 milhões. Os promotores dizem que, na gestão anterior, a mesma obra
custou R$ 617 mil por quilômetro.
Além disso, os contratos,
segundo os promotores, tiveram fracionamento da execução da obra com a
utilização de Ata de registro de Preços, deficiência na execução do
serviço e a sobreposição de obras na construção de um trecho de ciclovia
já existente.
O inquérito usou como base um laudo do Tribunal de Contas do Município, conforme havia mostrado o SP2.
G1
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