Estados Unidos atendem a solicitação do Brasil em relação ao aço
O
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) comemorou
hoje (30) a decisão do governo dos Estados Unidos de flexibilizar a
aplicação das tarifas para importação de aço de outros países. A medida
tem impacto para o Brasil, que exporta mais de 30% da produção
siderúrgica nacional para o mercado norte-americano e emprega cerca de
140 mil trabalhadores no setor.
A medida, assinada pelo
presidente Donald Trump, possibilita isentar das limitações
quantitativas e da tarifa adicional de 25% de importação os produtos de
aço desde que não haja produção nos EUA em quantidade ou qualidade
suficientes ou, ainda, com base em considerações de segurança nacional.
Em ambos os casos, segundo o ministério, as isenções dependem de um
pedido específico que deverá ser aprovado pelo secretário de Comércio
dos EUA.
“As mudanças nas regras publicadas ontem haviam sido
solicitadas pelo governo brasileiro em gestões com suas contrapartes nos
Estados Unidos. O governo brasileiro seguirá trabalhando para preservar
os interesses dos exportadores e produtores brasileiros em relação ao
mercado norte-americano”, afirmou o MDIC, em nota.
Até então, as
exportações brasileiras de aço estavam sujeitas a uma cota de 70% da
média vendida nos últimos anos, além do pagamento de tarifa de
importação cuja alíquota era de 25%.
Associação das empresas do
setor no Brasil também avaliaram como positiva a flexibilização aprovada
pelo governo Trump: “Em princípio, o Instituto Aço Brasil entende que a
proclamação vai na direção daquilo que vinha sendo pleiteado pelo
setor, que é a transformação do sistema de hard quotas para soft quotas,
o que significa dizer que, após o atingimento do limite da cota, as
exportações poderiam ser mantidas com a tarifa de 25%”, afirmou a
entidade, também em nota.
Agência Brasil
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