Começa nesta segunda-feira Campanha Nacional de Vacinação conta a pólio e o sarampo
A
partir de hoje (6), crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 devem
ser levadas aos postos de saúde para receber a dose contra a pólio e
também contra o sarampo. O Dia D de mobilização nacional foi agendado
para 18 deste mês, um sábado, mas a campanha segue até 31 de agosto. A
meta do governo federal é imunizar 11,2 milhões de crianças e atingir o
marco de 95% de cobertura vacinal nessa faixa etária, conforme
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Este ano, a
vacinação será feita de forma indiscriminada, ou seja, pretende imunizar
todas as crianças na faixa etária estabelecida. Isso significa que
mesmo as que já estão com esquema vacinal completo devem ser levadas aos
postos de saúde para receber mais um reforço. No caso da pólio,
crianças que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida devem receber a
VIP. As que já tomaram uma ou mais doses devem receber a VOP. E, para o
sarampo, todas devem receber uma dose da Tríplice Viral – desde que não
tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.
Sarampo
A
doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, é transmitida pela
fala, tosse e o espirro, e extremamente contagiosa, mas pode ser
prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade.
As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do quadro,
particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano. Em algumas
partes do mundo, a doença é uma das principais causas de
morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos.
Em 2016, o
Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o
certificado de eliminação da circulação do vírus. Atualmente,
entretanto, o país enfrenta surtos de sarampo em Roraima e no Amazonas,
além de casos já identificados em São Paulo, no Rio Grande do Sul, em
Rondônia e no Rio de Janeiro.
Pólio
Causada
por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomielite
geralmente atinge crianças com menos de 4 anos de idade, mas também pode
contaminar adultos. A maior parte das infecções apresenta poucos
sintomas, e há semelhanças com infecções respiratórias – como febre e
dor de garganta – e gastrointestinais – como náusea, vômito e prisão de
ventre.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus desenvolve a forma
paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes,
insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
Dúvidas
Veja
a seguir algumas das principais perguntas e respostas relacionadas à
campanha, com base em informações divulgadas pelo Ministério da Saúde:
Quando e onde ocorre a campanha?
Entre 6 e 31 de agosto, com o Dia D agendado para 18 de agosto, em postos de saúde de todo o país.
Qual o foco da campanha?
Crianças com idade entre 1 ano e 5 anos incompletos (4 anos e 11 meses).
Crianças que já foram vacinadas anteriormente devem ser levadas aos postos?
Sim.
Todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem
comparecer aos postos. Quem estiver com o esquema vacinal incompleto
receberá as doses necessárias para atualização e quem estiver com o
esquema vacinal completo receberá outro reforço.
Qual a vacina usada contra a pólio?
Crianças
que nunca foram imunizadas contra a pólio vão receber a Vacina
Inativada Poliomielite (VIP), na forma injetável. Crianças que já
receberam uma ou mais doses contra a pólio vão receber a Vacina Oral
Poliomielite (VOP), na forma de gotinha.
Qual a vacina usada contra o sarampo?
A
vacina contra o sarampo usada na campanha é a Tríplice Viral, que
protege também contra a rubéola e a caxumba. Todas as crianças na faixa
etária estabelecida vão receber uma dose da Tríplice Viral,
independentemente de sua situação vacinal, desde que não tenham sido
vacinadas nos últimos 30 dias.
Adultos participam da campanha?
Não. A campanha tem como foco crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos.
Mesmo não sendo foco da campanha, adultos precisam de alguma das duas doses?
Sim.
Conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, adultos com até
29 anos que não tiverem completado o esquema na infância devem receber
duas doses da Tríplice Viral e adultos com idade entre 30 e 49 anos
devem receber uma dose da Tríplice Viral. O adulto que não souber sua
situação vacinal deve procurar o posto de saúde mais próximo para tomar
as doses previstas para sua faixa etária.
Agência Brasil
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