A trama urdida com o desembargador Rogério Favreto para soltar o ex-presidente Lula
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| Deputado Paulo Pimenta - (Foto Lula Marques/Agência PT) | 
São absolutamente irresponsáveis os deputados Wadih Damous e Paulo Pimenta,
 dois dos mais conhecidos aloprados da tropa de choque do PT. A trama 
urdida com o desembargador Rogério Favreto para soltar Lula conteve 
desde a sua concepção uma dose excessiva, mortal, de apelo político e 
emocional. Mesmo desamparados por qualquer base jurídica, os dois 
aloprados, mais o alopradíssimo magistrado, também petista, queriam tão 
somente criar um fato de tal magnitude que transformaria qualquer 
argumento jurídico num fato político de difícil e complicada reversão.
Os
 que os dois parlamentares e o magistrado bolaram foi estarrecedor. Sem 
qualquer respeito ao processo legal, queriam soltar um criminoso com o 
único objetivo de criar uma situação política embaraçosa, imaginando que
 desta forma usurpariam a competência legal dando seguimento a um plano 
estúpido, politicamente falso, profundamente desonesto. O pior é que a 
chance do golpe colar era muito grande. Foi pensado, articulado e 
deflagrado de maneira a ocorrer num domingo, num plantão. Foi um gesto 
oportunista e covarde. A OAB deveria se manifestar sobre a ação destes 
dois maluquetes do PT.
Imagine se Lula, condenado a mais de 12 
anos de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, fosse solto 
num lapso do plantão da Justiça e da Polícia Federal. Pense como estaria
 a esta hora o Sindicato do Metalúrgicos do ABC. Seria uma catarse para a
 militância petista. Mesmo os mais reticentes, os que não saem de 
Copacabana mas postam suas verdades absolutas sentados de frente para o 
mar, seriam excitados pelo frenesi de Lula solto e desambaraçado.
A
 irresponsabilidade é tamanha que em nenhum momento Damous e Pimenta 
pensaram no país. Seu objetivo solitário, escondido, disfarçado, que nem
 os advogados de Lula sabiam, era provocar um fato. Dane-se a Justiça, 
danem-se os juízes e desembargadores, dane-se o Supremo. Dane-se o 
Brasil, o que a dupla queria era alcançar um objetivo político solapando
 autoridades constituídas. Aqueles olhos injetados de Damous nunca 
enganaram ninguém. Aquele ar de indignação dele e de Pimenta tampouco 
deixa dúvida.
Os dois aloprados só conseguem mesmo enganar os que 
gostam de ser enganados. Ou os que estão dispostos a sacrificar qualquer
 coisa em nome do lulismo descarado e sem caráter. O nome desse até 
ontem desconhecido Favreto estará para sempre associado aos maluquetes 
do PT. Nenhuma dúvida. Seu nome virou sinônimo de golpe rasteiro, do se 
colar, colou. Por sorte, o Brasil é maior e nossas instituições são 
mais sólidas do que imaginam Damous, Pimentas e Favretos.
O Globo - Por Ascânio Seleme 

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