Exame de sangue prevê com precisão qual parto será prematuro, com custo menor que ultrassonografia
Um
exame de sangue em investigação conseguiu prever com até 80% de
precisão quais mulheres terão bebês prematuros. O achado é
particularmente importante porque o teste é tão preciso quanto à
ultrassonografia, mas pode ser feito a um custo bem menor, avaliam
cientistas envolvidos no desenvolvimento do teste.
Os
detalhes do exame foram publicados nesta quarta-feira (7) na revista
“Science” e foi feito por cientistas da Universidade de Stanford e da
Universidade da Pensilvânia (EUA).
Stephen
Quake, professor de bioengenharia de Stanford liderou os estudos. A
equipe de Quake já tem expertise na área: eles desenvolveram um teste em
2008 que identifica com precisão o risco para síndrome de Down. O exame
já é comercializado.
Agora,
o novo teste, além de identificar o risco para o parto prematuro,
também pode ser usado para indicar a idade gestacional e prever a data
do parto.
Como o teste foi desenvolvido
O
exame foi feito, em um primeiro momento, a partir de sangue colhido em
mulheres grávidas na Dinarmarca. Nas amostras, os cientistas
identificaram nessas mullheres uma série de partículas que indicam o
risco de parto prematuro. Depois, demonstraram ser possível encontrar
essas partículas em um exame de sangue.
Estudos
anteriores também identificaram que um grupo de genes, quando
presentes, indicam maior risco de parto prematuro. Cientistas também
avaliaram estruturas da placenta e do feto, além de outras substâncias
que compõem o material genético.
Em
um segundo momento, a equipe de Quake também avaliou 38 mulheres
americanas em risco de parto prematuro (esse risco foi avaliado porque
essas mulheres já tinham tido esse tipo de parto anteriormente). Nesse
grupo, 13 gestantes tiveram parto prematuro, e o restante (25) tiveram
bebê no tempo devido.
A
partir desse estudo, cientistas observaram que alguns genes emitiam
sinais confiáveis que indicavam a possibilidade de um parto ser
prematuro; e, com esses dados, o teste foi desenvolvido. Agora, o exame
precisa ser avaliado em mais mulheres gestantes antes de ser
comercializado, indica a Universidade de Stanford.
G1
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