Mercado financeiro prevê alta de 1,94% no PIB e inflação de 3,82% em 2018
Até a previsão de crescimento do PIB para 2019 foi ajustada de 3% para 2,80% no boletim divulgado nesta segunda
© Reuters
A estimativa do mercado
financeiro para o crescimento da economia continua em queda, enquanto a
projeção para a inflação sobe. A projeção para a expansão do PIB passou
de 2,18% para 1,94%. Essa foi a sexta redução seguida, de acordo com o
Boletim Focus, uma publicação divulgada todas as semanas pelo Banco
Central. As informações são da Agência Brasil.
Até a previsão de crescimento do PIB para 2019, que permanecia
inalterada há 18 semanas seguidas, foi ajustada de 3% para 2,80% no
boletim divulgado nesta segunda.
A estimativa para o IPCA (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 3,65% para 3,82% este
ano, no quarto aumento seguido. Para 2019, a projeção foi ajustada de
4,01% para 4,07%.
Mesmo assim, a expectativa para a inflação
permanece abaixo da meta, que é 4,5%, com limite inferior de 3% e
superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância
entre 2,75% e 5,75%.
SELIC
Para alcançar a meta, o BC usa
como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente
em 6,50% ao ano. Quando o Copom do BC aumenta a Selic, o objetivo é
conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os
juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando
o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique
mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle
da inflação.
A
manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o
Copom considera suficientes para chegar à meta as alterações anteriores.
Para
o mercado, a Selic deve permanecer em 6,50% ao ano até o fim de 2018 e
subir ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano.
Na
semana passada, com a disparada dos juros futuros e do dólar, que chegou
a superar R$ 3,90, investidores consideraram a possibilidade de o Copom
elevar a taxa Selic, mesmo com a inflação abaixo do centro da meta e a
economia em recuperação. Entretanto, o presidente do BC, Ilan Goldfajn,
descartou a possibilidade de usar a Selic para interferir no câmbio, mas
apenas para controlar a inflação. "Na próxima reunião, o comitê
analisará essas condições com foco como sempre nas projeções e
expectativas de inflação e o seu balanço de riscos", disse.
Na
quinta-feira (7), o BC anunciou uma intervenção mais forte no mercado de
câmbio. Com isso, o dólar comercial fechou a sexta-feira (8) cotado a
R$ 3,706, queda de 5,59%. O movimento interrompeu três altas seguidas ao
longo da semana, e ocorreu um dia depois de a moeda norte-americana ter
fechado o pregão ao valor R$ 3,926 -a maior cotação desde março de
2016.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em
R$ 3,50, tanto para o fim deste ano quanto para o final de 2019.
Notícias ao Minuto com
informações da Folhapress
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