Supremo Tribunal Federal condena deputado em 1º julgamento da Lava Jato na corte
A condenação se deu por maioria de votos, pois alguns dos ministros da Turma divergiram sobre alguns dos episódios de corrupção e lavagem de que Meurer era acusado
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Como efeito da condenação, Meurer ficará interditado para o exercício de cargo ou função publica de qualquer natureza pelo dobro do tempo da pena - (Foto: Reprodução) |
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
condenou nesta terça-feira o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) a 13
anos e 9 meses de prisão por 30 episódios de corrupção passiva e 7 de
lavagem de dinheiro no primeiro julgamento de um caso ligado à operação
Lava Jato na corte, informou o Supremo.
A condenação se deu por maioria de votos, pois alguns dos
ministros da Turma divergiram sobre alguns dos episódios de corrupção e
lavagem de que Meurer era acusado.
Detentor de foro privilegiado, Meurer é o primeiro parlamentar
federal a ser julgado pelo STF no âmbito da Lava Jato, que em março
completou 4 anos com dezenas de condenações na Justiça Federal de
primeira instância.
Como efeito da condenação, Meurer ficará interditado para o exercício
de cargo ou função publica de qualquer natureza pelo dobro do tempo da
pena. Ao deliberar sobre a perda do mandato, o relator do caso, ministro
Edson Fachin, e o revisor, Celso de Mello, votaram pela perda imediata
do mandato. Os demais ministros da Turma - Dias Toffoli, Ricardo
Lewandowski e Gilmar Mendes - votaram para que a Câmara dos Deputados
seja comunicada da sentença. Caberá à Casa decidir o que fazer.
O deputado foi acusado de receber vantagens indevidas como parte do
esquema criminoso que atingiu a Petrobras. As investigações apontaram
que os pagamentos teriam tido como contrapartida apoio político para a
permanência de Paulo Roberto Costa à frente da diretoria de
abastecimento da estatal.
A denúncia criminal, encaminhada ao STF em 2015, narra terem sido
feitos 161 repasses de dinheiro ao PP entre 2006 e 2014, repassados a
Meurer e a outras lideranças partidárias.
Procurada, a defesa de Meurer não foi encontrada.
Reuters
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