Ato terrorista contra embaixada dos Estados Unidos deixa 10 mortos em Gaza
O
governo dos Estados Unidos inaugura nesta segunda-feira (14) sua
embaixada em Jerusalém em meio aos diversos conflitos realizados por
palestinos contra o Exército de Israel para protestarem contra a decisão
do presidente Donald Trump. As principais autoridades norte-americanas
participarão do evento, marcado para 16h (10h em Brasília), incluindo a
filha de Trump, Ivanka, e seu marido, Jared Kushner.
O presidente
dos EUA, por sua vez, não estará presente, mas fará um discurso por meio
de um vídeo para cerca de 800 funcionários. O dia da cerimônia de
inauguração acontece na mesma data em que o Estado de Israel completa 70
anos. A nova embaixada será instalada no bairro de Arnona, em Jerusalém
Ocidental, em um prédio construído em 2010, dentro da seção de vistos
do consulado-geral dos EUA.
A decisão de Trump gerou caos na
região. Desde 30 de março, milhares protestam na fronteira, na chamada
Grande Marcha do Retorno, que evoca o direito dos palestinos de
retornarem para locais de onde foram retirados após 1948.
Nesta
manhã, poucas horas antes da inauguração da embaixada dos Estados Unidos
em Jerusalém, o número de mortos nos conflitos entre palestinos e o
Exército de Israel chegou a 10, incluindo um adolescente de 14 anos,
informou o Ministério da Saúde de Gaza, nesta segunda-feira (14). Ao
todo, são 500 palestinos feridos. Segundo a agência, entre as vítimas
está Hamdan Qudeih, 21 anos, que foi morto a tiros, e outros 100
palestinos feridos.
Os conflitos entre os manifestantes e o
Exército de Israel tiveram início na Cisjordânia, principalmente em
Belém e Hebron, mas foram registrados em outros locais também, como
Kalandia, ao norte de Jerusalém. O exército fortaleceu sua presença ao
longo da fronteira com mais dois batalhões.
A decisão do
presidente Trump no ano passado de reconhecer Jerusalém como a capital
de Israel rompeu com décadas de neutralidade dos EUA sobre a questão e a
colocou em desacordo com a maioria da comunidade internacional. Neste
domingo à noite, Netanyahu recebeu toda a delegação dos Estados Unidos
enviada pelo chefe da Casa Branca e definiu o momento como “histórico e
corajoso”.
Notícias ao Minuto - Por ANSA
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