Exército brasileiro defende declarações de general Eduardo Villas Bôas no Twitter
O posicionamento do Exército foi enviado depois de a reportagem questionar a instituição sobre o Regulamento Disciplinar do Exército
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O Exército brasileiro
defendeu nesta quarta-feira (4) as manifestações do general Eduardo
Villas Bôas na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Pelo Twitter, ele afirmou que a instituição
não aceitava "impunidade" e que estava atenta "às suas missões
institucionais".
As palavras do general Villas Bôas deixam claro sua
preocupação com o País, expressando ideias já abordadas em diversas
outras ocasiões", disse o Exército em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo.
O
texto também afirmou que "o Comandante do Exército é a autoridade
responsável por expressar o posicionamento institucional da Força e tem
se manifestado publicamente sobre os temas que considera relevantes".
O
posicionamento do Exército foi enviado depois de a reportagem
questionar a instituição sobre o Regulamento Disciplinar do Exército,
que proíbe militares de se manifestar publicamente a respeito de
assuntos de natureza político-partidário, ao menos que esteja
autorizado.
O decreto de agosto de 2002 tem por "finalidade
especificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas
relativas a punições disciplinares" e lista 113 ações que, em tese, não
deveriam ser praticadas por todos os militares - inclusive pelo general
Villas Bôas.
O regimento diz ainda que um militar da ativa não deve "tomar parte
em discussão a respeito de assuntos de natureza político-partidária ou
religiosa". Um membro do Exército também precisaria de autorização para
"discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação,
sobre assuntos políticos ou militares". Ao militar também é vedado
"tomar parte, fardado, em manifestações de natureza
político-partidária".
Notícias ao Minuto com informações do Estadão Conteúdo
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