Oposição protesta contra criação de guarda militar sancionada por Ricardo Coutinho
A
criação de uma guarda militar para ex-governadores, sancionada por
Ricardo Coutinho e publicada no Diário Oficial, provocou reação da
oposição que criticou socialista pela medida.
Vice-presidente do
Senado, Cássio Cunha Lima, que já governou a Paraíba por duas vezes,
considerou que o ato demonstra fracasso na Segurança do Estado.
“Enquanto
a população está entregue a própria sorte, o governador se utiliza de
recursos públicos para criar uma segurança privada, só para ele.
Mentalidade velha, na contramão de tudo que estamos vivendo. Uma visão
antiga do velho patrimonialismo na sua pior forma. Uma zombaria com o
povo paraibano. Por fim, o atestado definitivo que o governo que termina
fracassou de forma absoluta na Segurança Publica”, declarou.
A
lei também foi motivo de críticas dos deputados federais Pedro Cunha
Lima (PSDB) e Benjamin Maranhão (SD). Para os parlamentares, o
governador cria leis para benefícios próprios.
“É lagosta, avião
novo, revista em quadrinhos, memorial próprio, Granja Santana, e, agora,
mais uma mordomia para o povo pagar: segurança especial para
ex-governador. É uma mentalidade muito antiga”, alegou Pedro Cunha Lima.
“Essa
criação de uma guarda particular é de deixar qualquer paraibano
revoltado. Enquanto a população tem que conviver com a falta de
segurança, o governador, prestes a renunciar, vai ter uma guarda
particular e que só atende exclusivamente a ele. Uma lei com CPF. É
revoltante ver que o governador só se preocupa com ele mesmo”,
acrescentou Benjamin Maranhão.
As deputadas estaduais Camila
Toscano (PSDB) e Eliza Virgínia (PSDB) também receberam com surpresa a
criação da guarda-militar para ex-gestores.
Camila Toscano lembrou o clima de insegurança que toma a população paraibana e disse que a lei é uma afronta aos paraibanos.
“Uma
afronta ao cidadão que precisa acordar de madrugada para trabalhar. Uma
afronta aos próprios policiais militares que saem de casa para
enfrentar bandidos sem a certeza que voltarão para seus filhos”,
argumentou.
O ex-superintendente da CBTU, Lucélio Cartaxo vê falta de sensibilidade do chefe do Executivo Estadual.
“Eu
não posso concordar com soluções particulares, individualizadoras. O
governo deve existir para praticar políticas públicas que apresentem
soluções inovadoras, que atendam às demandas antigas e recentes do povo.
Não pode ser para perpetuar privilégios”, destacou.
MaisPB

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