Lula não terá privilégios em visitas na sede da Polícia Federal, decide Sérgio Moro
Ex-presidente só poderá receber advogados e familiares
© Stringer . / Reuters
O juiz Sergio Moro decidiu
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terá esquema
diferenciado em visitações na sede da Polícia Federal de Curitiba, onde
está preso desde sábado (7).
"Além do recolhimento em Sala do Estado Maior, foi autorizado
pelo juiz a disponibilização de um aparelho de televisão para o
condenado", afirmou Moro em despacho desta segunda (9).
"Nenhum
outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a
visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da
Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da
repartição pública."
Moro diz que a medida também não justificará a concessão de privilégios aos demais condenados.
A
chamada "sala de Estado Maior" é uma sala reservada, onde Lula fica
separado dos demais presos. Ele poderá receber visitas apenas às
quartas-feiras, com exceção dos seus advogados.
Ele tentava incluir no rol de visitantes parlamentares do PT, como a presidente do partido Gleisi Hoffmann.
Nesta
segunda (9), o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que
ele deve estar em um esquema de visitas comuns, como os outros presos. A
Polícia Federal não informa a quantidade de visitantes que o petista
poderá receber.
As ruas ao redor do prédio da Polícia Federal
estão bloqueadas para entrada somente de policiais, jornalistas,
moradores e pessoas que tenham algum procedimento marcado com a
instituição.
Ao redor do bloqueio há um acampamento de apoiadores
de Lula. Eram 500 pessoas na segunda, conforme a polícia. Os
manifestantes afirmavam que eram 1.000.
GOVERNADORES
Nesta terça, o PT espera a chegada de dez governadores a Curitiba, mas eles não têm autorização para visitar Lula.
O
senador Roberto Requião (MDB-PR) peticionou durante a manhã, no
processo de execução da prisão de Lula, pedido para que sejam
autorizadas visitas especiais ao político.
No documento, Requião
pede autorização especial para que ele, os governadores do Acre, Bahia,
Ceará, Alagoas, Maranhão, Minas, Paraiba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande
do Norte e Sergipe, além de Gleisi, do senador petista Lindbergh Farias
(RJ), do vice-presidente do PT, Márcio Costa Macedo, e do ex-deputado
federal Ângelo Vanhoni, tenham acesso ao ex-presidente ainda nesta
terça-feira, às 14h.
Dessa lista, o PT não prevê que o governador do RN, Robinson Faria (PSD), esteja na comitiva.
O pedido deve ser julgado pela juíza federal substituta Carolina
Lebbos, responsável por executar a pena.
Notícias ao Minuto com informações da Folhapress
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