Ex-vocalista da banda Magníficos é preso suspeito de envolvimento em esquema que desviou R$ 12 milhões
Esquema teria envolvimento com desvio de verba em locação de veículos
Ex-cantor estaria envolvido no esquema fraudulento - (Foto: reprodução) |
Um esquema de corrupção que desviou mais de R$ 12
milhões dos cofres da cidade de Mata Grande, em Alagoas, foi
desarticulado pelo Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) e do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL). Doze
pessoas foram presas, entre elas o ex-prefeito da cidade, José Jacob
Gomes Brandão e o ex-vocalista da banda Magníficos, Max Davi Moura
Rodrigues.
O ex-gestor teria usado quatro empresas fantasmas para locação de
veículos. No esquema criminoso, os supostos proprietários das empresas
Genilda Gomes Lima - ME (Ômega Locações), EP Transportes, Transloc
Locação e Serviços e Marcelo Calado dos Santos - EPP (Albatroz), todas de
fachada, celebravam contratos fictícios com a Prefeitura de Mata Grande
para a prestação de serviços de locação de veículos com o intuito de
desviar recursos públicos. Segundo os promotores de Justiça do Gaeco, o
desfalque feito nos cofres da prefeitura por Jacob Brandão, em dois
anos, o equivalente a R$ 12 milhões, daria para efetuar a compra de 130
Sanderos.
Entre os presos, Max davi Moura Rodrigues é ex-cantor da banda
Magníficos. Ele iniciou a participação no grupo em 2006, com músicas nos
CDs A Paixão Virou Chiclete e Telefone Fora de Área. O cantor deixou
todos surpresos ao deixar o grupo repentinamente.
As empresas concorriam nas licitações, venciam, e depois sublocavam
toda a frota exigida pela prefeitura a pessoas físicas, geralmente
parentes e correligionários do prefeito. Nos contratos, ficava um
percentual de 40% para o pagamento de quem sublocava os veículos e 60%
eram divididos entre o prefeito, o dono da empresa e possíveis
atravessadores.
As prisões preventivas foram expedidas em desfavor de Jacob Brandão,
ex- prefeito de Mata Grande, Daniel Cunha Ramos (cunhado de Jacob), Max
davi Moura Rodrigues, Clériston Marinho Buarque, Carlos Henrique Lisboa
da Silva, Antônio José Bento de Melo, Euzébio Vieira de França Neto e
Petrúcio José da Silva Filho. Já as temporárias foram para Eustáquio
Chaves da Silva (ex- diretor executivo da Câmara de Vereadores de Mata
Grande), Emernegildo Ramalho Mota (controlador da empresa Transloc),
Genilda Gomes Lima (empresa Ômega Locação) e Victor Pontes de Mendonça
Melo (controlador da empresa Albatroz e preso pela terceira vez em
fraude de licitação).
ClickPB
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