Após protesto social, o papa Francisco pede "o fim da violência" na Nicarágua

O papa Francisco declarou neste domingo (22)
que está preocupado com a situação na Nicarágua e, após a reza de
Regina Coeli perante milhares de fiéis na Praça São Pedro, pediu “o fim
da violência” no país centro-americano. “Estou preocupado com o que está
ocorrendo nestes dias na Nicarágua, onde, após um protesto social,
ocorreram enfrentamentos que causaram mortes”, disse o pontífice,
referindo-se às recentes manifestações contra a reforma da Previdência
Social naquele país.
Os protestos na Nicarágua tiveram início na quarta-feira (18), mas
pioraram no sábado (21), deixando pelo menos dez mortos, segundo
informações do governo. Os organismos humanitários asseguraram ontem (21)
que 24 pessoas foram mortas. “Manifesto minha proximidade na oração a
esse amado país e faço uma chamada para que acabem com toda essa
violência, evitem um inútil derramamento de sangue e resolvam
pacificamente as questões abertas”, disse o papa.
O bispo auxiliar da Arquidiocese de Manágua, Silvio Báez, um dos mais
influentes da Nicarágua, qualificou os estudantes que protestam contra o
governo como “reserva moral”.
A Iniciativa Nicaraguense de Defensores de Direitos Humanos e o
Centro Nicaraguense de Direitos Humanos divulgaram relatório com os
nomes dos 24 mortos nos protestos contra a reforma da Previdência. As
entidades anunciaram que encaminharão o documento a organismos
internacionais de direitos humanos.
De acordo com o último balanço oficial do governo da Nicarágua, divulgado na sexta-feira
(20), dez mortes já foram registradas. Desde então não foram divulgados
novos números. Entre as dez mortes citadas pelo governo, está a de um
agente policial. Ainda segundo as autoridades nicaraguenses, há, entre
os 88 feridos, 29 policiais.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, culpou “pequenos grupos da
oposição”, cujos nomes não especificou, de serem os causadores das
revoltas.
*Com informações da Agência EFE
Agência Brasil
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