Papa Francisco consola criança que perguntou sobre pai ateu
Papa Francisco consola menino que perguntou se pai ateu estaria no céu - (Foto: REUTERS/Remo Casilli) |
O
papa Francisco afirmou, nesse domingo(15) que Deus não abandona as
pessoas boas, ao responder a uma pergunta feita por um menino que queria
saber se seu pai, que era ateu e morreu há pouco tempo, estava no céu.
Durante
uma visita à paróquia do bairro de Corviale, na periferia de Roma,
Francisco respondeu às perguntas dos fiéis, entre os quais estava
Emanuele, um menino de oito anos, cuja voz estava embargada pelo choro.
Diante
desta situação, o papa lhe encorajou a fazer sua pergunta perto de seu
ouvido, lhe abraçou e ambos conversaram durante alguns minutos.
Posteriormente, o pontífice pediu permissão ao menino para revelar sua
inquietação.
Francisco
explicou então que Emanuele lhe contou que seu pai havia morrido há
pouco tempo e que, embora não fosse crente, tinha batizado seus quatro
filhos, mas sua dúvida era “se o papai estava no céu”.
“Que
lindo que um filho diga que seu pai era bom. Um lindo testemunho
daquele homem para que seus filhos possam dizer dele que era um homem
bom. Se esse homem foi capaz de ter filhos assim, é verdade que era um
grande homem”, declarou o papa.
Francisco
ressaltou que embora este homem “não tivesse o dom da fé, não fosse
crente, fez batizar os filhos” e, perante a dúvida de Emanuele,
respondeu: “Quem diz quem vai para o céu é Deus”.
Então Francisco perguntou aos presentes: “Deus abandona seus filhos quando são bons?”, ao que responderam “não” em coro.
“Bom,
Emanuele, esta é a resposta. Deus seguramente estava orgulhoso do seu
pai, porque é mais fácil batizar os filhos sendo crente que batizá-los
não sendo crente. E seguramente Deus gostou muito disso”, acrescentou.
E concluiu: “Fale com seu pai, reza ao seu pai. Obrigado, Emanuele, pela sua valentia “.
Outra
das perguntas ao papa foi se todos, “inclusive os não batizados”, somos
“filhos de Deus”, ao que Francisco explicou: “Somos todos filhos de
Deus, inclusive os que são de outras religiões distantes”.
“Inclusive os mafiosos, embora estes prefiram comportar-se como filhos do diabo”, completou.
As
crianças também lhe questionaram sobre o que sentiu quando foi
escolhido papa e Francisco respondeu que “não sentiu medo, nem uma
grande alegria (…), mas uma grande paz”.
G1
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