Chegou a vez do Supremo Tribunal Federal mostrar que também não tem cor, com o Brasil quer
Aécio Neves é o acusado da vez; Brasil espera STF tão rigoroso quanto a Lava Jato |
Se cumprir com a pauta anunciada, o Supremo
Tribunal Federal julga no próximo dia 17 recebimento de denúncia da
Procuradoria-Geral da República contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O então procurador da República, Rodrigo Janot, denunciou o tucano em
junho do ano passado sob acusação de corrupção passiva e obstrução à
Justiça numa investigação relativa à delação da JBS.
O mínimo pudor e respeito ao Direito levarão o STF a acatar a
denúncia para processar o “mineirinho”, apelido dado ao ex-candidato a
presidente do PSDB nas listas de propinas.
Como tem o famigerado foro privilegiado, o processo do ex-governador
de Minas se arrasta há dez meses, desde que ganhou salvo-conduto de
permanecer no mandato, mesmo diante do flagrante, num grande esforço de
corporativismo do Senado e frouxidão do Supremo.
Se tivesse na primeira instância e nas mãos de Sérgio Moro,
dificilmente estaria esgravatando os dentes por aí, a julgar pelo
destino de todos os corruptos que passaram pela Vara de Curitiba.
Aécio foi gravado ao telefone pedindo expressamente dinheiro ao
empresário Joesley Batista. Ao que tudo indica, uma propina de R$ 2
milhões.
O dado revela que corrupção irrigada pela JBS era pluripartidária, e
nem de longe exclusividade do PT, responsável no Governo pelos
empréstimos bilionários do BNDES ao grupo em troca de financiamento de
campanha.
Até a Oposição, feroz crítica contra Dilma e Lula, se lambuzava com a
malandragem. Um duro golpe no povo brasileiro que era enganado pelos
dois lados da moeda.
Segundo a denúncia e as gravações, Neves não só buscava dinheiro
ilícito, bem como tramava, num cinismo sem precedentes, contra a Lava
Jato.
O que comprova: a Operação é o terror de todos os corruptos. De todas as siglas e ideologias.
Chegou a vez do Supremo mostrar que também não tem cor. Como o Brasil quer.
MaisPB - Por Heron Cid
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