Tribunal Regional Federal da 4ª Região julga recurso do ex-presidente Lula nesta segunda-feira

O
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto
Alegre, julga a partir das 13h30 desta segunda-feira (26) o recurso
apresentado pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva contra a decisão que condenou em 2ª instância e aumentou a pena do ex-presidente no caso do triplex em Guarujá (SP).
Os três desembargadores da
8ª Turma do TRF-4 decidiram, em julgamento no dia 24 de janeiro,
aumentar a pena de Lula para 12 anos e 1 mês de prisão, por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro – na primeira instância, ele havia
sido condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses.
Como
a decisão do TRF-4 foi unânime, restou à defesa de Lula a possibilidade
de apresentar embargos de declaração à mesma 8ª Turma. Esse tipo de
recurso serve para tratar de possíveis omissões, contradições ou
obscuridades na sentença. Se o tribunal entender que alguma dessas
questões levantadas pela defesa procedem, pode haver alterações, por
exemplo, na pena imposta ao ex-presidente.
Por
decisão do próprio TRF-4, Lula poderia ser preso assim que acabassem os
recursos no tribunal, mas uma decisão provisória do Supremo Tribunal
Federal (STF) impede a prisão do ex-presidente até o dia 4 de abril,
data em que os ministros do STF devem concluir o julgamento do pedido
de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa.
No
caso do triplex, Lula é acusado de receber o imóvel no litoral de SP
como propina dissimulada da construtora OAS para favorecer a empresa em
contratos com a Petrobras. O ex-presidente nega as acusações e afirma
ser inocente.
O que pede a defesa de Lula
Os embargos
de declaração foram protocolados no TRF-4 no dia 20 de fevereiro. No
documento, a defesa argumenta que a decisão da 8ª Turma possui 38
“omissões em relação a elementos que constam no processo”, 16
“contradições com os seus próprios termos” e 5 “obscuridades”.
Os
advogados pedem, ainda, que “a correção dessas omissões, contradições e
obscuridades altere o resultado do recurso de apelação julgado em 24/01
(‘efeitos infringentes’), com o reconhecimento da nulidade de todo o
processo ou a absolvição de Lula”.
G1
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