Moro manda prender ex-policial federal condenado no processo da Operação Lava Jato
A medida, assinada na segunda-feira (29), foi tomada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)
O juiz federal Sérgio Moro determinou a prisão do ex-policial federal
Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, investigado na
Operação Lava Jato, para cumprir a condenação de oito anos e quatro
meses de reclusão pelo crime de lavagem de dinheiro, após perder os
recursos na segunda instância.
A medida, assinada na segunda-feira (29), foi tomada com base no
entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que autoriza a execução
provisória da pena após o fim dos recursos na segunda instância da
Justiça, embora caiba recurso nos tribunais superiores.
Durante as investigações da Lava Jato foi descoberto que o ex-policial
entregava malas e envelopes de dinheiro a empresários e políticos a
mando do doleiro Alberto Yousseff, um dos delatores do esquema de
corrupção na Petrobras.
Na decisão que determinou a expedição do mandado de prisão, Moro disse
que a execução preventiva foi autorizada pelo STF e não seria
justificável a aplicação de um entendimento casuístico contrário para
beneficiar o acusado.
“A situação no caso é ainda mais grave pois Jayme Alves de Oliveira
Filho cometeu os crimes utilizando seu cargo de policial federal,
transportando malas de dinheiro em espécie a serviço de conhecido
doleiro e para pagamento de propina a agentes públicos”, concluiu Moro.
Após o cumprimento do mandado de prisão, Jayme deverá ficar preso em
uma penitenciária em Curitiba, em uma ala destinada a ex-policiais para
evitar riscos a sua integridade física.
Durante a tramitação do processo, a defesa do acusado alegou que ele
foi contratado pelo doleiro, em 2012, para prestar serviços de segurança
pessoal. Os advogados admitiram que ele entregava documentos a pedido
de Youssef. No entanto, justificam que ele não sabia do que se tratava.
Jayme foi preso na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada em
2014, e respondeu as acusações em liberdade."
Agência Brasil
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