Corrupção prende todos os ex-governadores eleitos do Rio do Janeiro desde 1998
Ex-presidentes da Assembleia Legislativa desde 1995 também estão atrás das grades
© Ricardo Moraes / Reuters
A
crise política no Rio de Janeiro provocou um fato inédito no país com a
prisão dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho nesta
quarta-feira (22): todos os eleitos para o Palácio da Guanabara desde
1998 estão atrás das grades.
Anthony Garotinho governou o
Rio entre 1999 e 2002 e foi seguido pelo mandato de sua esposa entre os
anos de 2003 e 2006. Já Sérgio Cabral, que ficou dois mandatos seguidos
no poder até sua renúncia, entre os anos de 2007 e 2014, também está
preso.
A atual senadora Benedita da Silva, que governou o estado
interinamente entre 6 de abril e 31 de dezembro de 2002, tentou se
eleger para o cargo, mas não obteve sucesso - perdendo para Rosinha no
pleito de 2002.
Situação semelhante é a do atual governador Luiz Fernando Pezão.
Ele
assumiu interinamente o cargo após a renúncia de Cabral, em 3 de abril
de 2014, mas foi eleito no mesmo ano e está no posto de governador até
hoje. No entanto, seu nome já começa a aparecer em delações como parte
do esquema de corrupção que atingiu o estado nas últimas duas décadas.
A
situação é parecida na Assembleia Legislativa do estado, a Alerj. Todos
os presidentes da entidade desde 1995 também foram presos. Neste caso,
volta a aparecer o nome de Cabral (1995 a 2002), e dos "recém detidos"
Jorge Picciani (2003 a 2010) e Paulo Melo (2011 a 2014).
As acusações contra os detidos
são inúmeras, desde crimes de corrupção e lavagem de dinheiro até
organização criminosa e fraude.
Notícias ao Minuto com ANSA
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