‘Ele destruiu o rosto dela’, diz pai de jovem assassinada com 11 tiros; Veja vídeos
Publicado por: Érika Soares
Dos 11 tiros disparados contra a
estudante Raphaella Noviski, 16 anos, sete atingiram o rosto da jovem. A
informação foi dada pelo pai da garota, o agente penitenciário Leandro
Romano. Acostumado a lidar com a frieza de criminosos, o homem não
escondeu a revolta e a indignação com o assassino da filha: “Ele
destruiu o rosto dela. Foi cruel. Todo tipo de sofrimento para ele é
pouco”, desabafou, logo após o enterro da adolescente, nesta terça-feira
(7/11), em Alexânia (GO).
A despedida de Raphaella parou a
cidade, que fica a 88 quilômetros do DF. Mais de duas mil pessoas
estiveram presentes ao enterro. Além de familiares, estudantes e
professores do Colégio Estadual 13 de Maio, onde a menina foi
assassinada por Misael Pereira, 19 anos, compareceram em peso.
Segundo Romano, os outros disparos
atingiram principalmente os braços da filha, que tentou se defender do
seu algoz. Misael, em depoimento, disse que queria ter certeza de que
ela morreria sem dor e rápido. Ele levava, além do revólver calibre .32,
punhal, máscara branca e veneno de rato misturado a paracetamol, que
supostamente seria usado para tirar a própria vida. Misael afirmou à
polícia que não se mataria com a arma por medo de ficar tetraplégico.
O caso do assassino confesso passará
pelo primeiro crivo da Justiça às 14h desta terça. Em audiência de
custódia, será definido se ele permanecerá preso ou aguardará o
julgamento em liberdade.
Romano conta que não tinha convivência
próxima com Raphaella por causa da distância, já que ele trabalha em
Belo Horizonte (MG). Os contatos entre ele e a jovem ocorriam por
mensagem de texto, pelo telefone da irmã mais velha da adolescente,
Isabella Romano. Ele acrescentou que ficará “mais algumas semanas” em
Alexânia. “Vou ficar porque a Isabella, minha outra filha, está muito
abalada. Vou ampará-la”, afirmou.
A delegada Rafaela Azzi, responsável
pelo caso, explicou ao Metrópoles que a arma e o veneno já foram
encaminhados ao Instituto de Criminalística, para perícia. Ela
acrescentou que deve ouvir novamente o acusado para tentar descobrir
como ele obteve o revólver utilizado no crime. Além disso, a
investigadora vai interrogar familiares da vítima.
Alunos e funcionários do Colégio
Estadual 13 de Maio viveram momentos de terror. Os instantes foram
capturados por câmeras de segurança. No vídeo, é possível ver o momento
em que colegas saem correndo da sala onde estudava a vítima, após um
estampido.
Por conta dos gritos e do barulho dos
tiros, pessoas que estavam em outras classes também se apressaram para
entender o que acontecia. No fim da gravação, as câmeras mostram o
assassino confesso fugindo do local.
Fonte: Metrópoles - Créditos: Douglas Carvalho
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