"Não vamos morrer de sede"

Em 1998, o então senador Ronaldo Cunha Lima clamou por união no combate à seca

Em 1998, o então senador pelo PMDB da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima, usou a Tribuna do Senado para fazer uma súplica:

“Convoquei Campina para gritar pedindo água. Convoco, agora, a Paraíba a se unir para não morrer de sede”

À época, o ex-governador alertava para a necessidade do início das obras da Transposição do Rio São Francisco, apontada como solução mais eficaz de combate à seca que já atingia o estado.

Segundo um relatório desenvolvido pelo engenheiro João Ferreira Filho e usado para basear a fala de Ronaldo, 60% do açudes paraibanos já estavam em estiagem.

“Queira Deus que as previsões técnicas não se confirmem e que as chuvas cheguem logo, e o suficiente para reabastecer os reservatórios ameaçados. A transposição nos parece ainda a melhor solução, porque é definitiva, viável e racional. E não é cara”, disse Ronaldo Cunha Lima.

Hoje, passados 19 anos, parte dos paraibanos ainda sonham com a chegada da Transposição, que só beneficiou cidades do Cariri e do Agreste paraibano.

A promessa do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, é de que o Eixo Norte da obra, que levará águas do Rio São Francisco para municípios do Sertão paraibano, seja concluído em abril.

“É um esforço para estruturar ações que irão permitir o acesso à água de qualidade e, com isso, a conclusão do Projeto São Francisco. O Eixo Leste já foi entregue. E o Norte está a todo vapor para garantir qualidade de vida aos brasileiros”, disse ministro Helder Barbalho.

Wallison Bezerra – MaisPB (com informações da Agência Senado)