Sobe para dezesseis número de mortos após fortes chuvas e inundações na Grécia
Água chegou a dois metros de altura e Mandra foi a região mais afetada. Governo decretou luto nacional e estado de alerta; novas chuvas dificultam resgate e limpeza
O governo decretou luto nacional e várias atividades públicas foram suspensas - (Foto: Reprodução/G1) |
O número de mortos após as fortes chuvas e inundações
ocorridas quarta-feira em três municípios na região de Ática aumentou nesta
quinta-feira (16) para 16, após um dos desaparecidos ter sido encontrado
morto em Nea Peramos, informou o corpo de bombeiros grego. Outros dois
dos desaparecidos foram achados com vida, enquanto continuam as buscas
por outras quatro pessoas que desde ontem têm seu paradeiro
desconhecido.
Além disso, há 25 feridos, nenhum deles em estado grave. O
primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, visitou hoje Mandra, a
região mais afetada pelas chuvas e de onde eram 13 dos 16 mortos
registrados até o momento, e presidiu uma reunião de urgência com o
ministro do Interior, Panvos Skurtetis; o vice-ministro de Proteção
Civil, Nikos Toskas; a presidente de Ática, Rena Duru, e responsáveis
dos bombeiros.
O governo decretou luto nacional e várias atividades públicas foram
suspensas, entre elas um debate parlamentar previsto para esta
quinta-feira. As chuvas de quarta-feira pela manhã transformaram ruas e
estradas em potentes correntezas, achataram carros contra casas e
alagaram vários prédios.
Várias vítimas viviam em casas abaixo do nível da rua e foram
encontradas mortas nas suas casas, onde a água chegou a atingir dois
metros de altura. Por enquanto é impossível avaliar os danos materiais,
mas as imagens transmitidas pelos canais de TV mostram um panorama de
devastação.Para toda a área foi decretado estado de alerta, e a região de Ática
anunciou ontem que tinha ativado o protocolo para solicitar ajuda
financeira urgente da União Europeia (UE).
As chuvas causaram
deslizamentos nas montanhas próximas, onde incêndios recentes tinham
arrasado grandes superfícies de floresta, deixando assim o monte sem
proteção contra deslizamentos de terra.
Outro dos motivos que segundo os especialistas causaram tamanhos
danos foi a construção desenfreada sobre antigos leitos de rios e o mal
estado da drenagem. Desde o começo da manhã, os trabalhos de resgate e
limpeza estão sendo dificultadas por uma nova frente de chuvas em toda a
Grécia. Trata-se da maior catástrofe deste tipo desde novembro de 1977,
quando 37 pessoas morreram em Atenas por causa de uma tempestade que
inundou boa parte da capital.
ClickPB com G1
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