Juiz manda prender acusado de matar jovem de 16 anos em sala de aula em Goiás
Olair é acusado de ter pulado o muro da escola e assassinado a adolescente na frente dos alunos do 9º ano do ensino fundamental
O assassinato da adolescente dentro da sala de aula ocorre menos de um mês depois de um garoto de 14 anos - (Foto: Reprodução) |
O juiz da Comarca de Alexânia, em Goiás, Leonardo
Lopes dos Santos, decretou a prisão preventiva de Misael Pereira Olair,
19 anos, acusado de ter feito os disparos que mataram a adolescente
Raphaella Novisk, de 16 anos, nesta segunda-feira (6). Durante a
audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira (7), o juiz
determinou que permaneça preso em caráter preventivo Davi José de Souza,
que dirigia o carro em que Olair estava prestes a entrar quando foi
detido, do lado de fora do Colégio Estadual 13 de Maio, onde Raphaella
estudava.
Olair é acusado de ter pulado o muro da escola e assassinado a
adolescente na frente dos alunos do 9º ano do ensino fundamental.
Segundo a Polícia Civil de Goiás, o rapaz foi detido quando tentava
fugir no veículo dirigido por Souza. Este, em depoimento, disse que não
sabia que Olair planejava matar a adolescente.
De acordo com a delegacia responsável pelo caso, Olair decidiu
atirar na jovem porque ela não aceitou seus pedidos de namoro. Ao
prestar o primeiro depoimento após ser preso, Olair, que não tinha
passagem pela polícia, confirmou ter baleado Raphaella. No vídeo do
depoimento, não se nota sinal de arrependimento do atirador.
O corpo da jovem foi enterrado nesta manhã, no Cemitério Campo da
Saudade, em Alexânia. A cerimônia atraiu centenas de pessoas e foi
marcada por um forte clima de comoção. Parentes e amigos da garota
soltaram balões brancos e pediram paz.
Em sua decisão, o juiz Leonardo Lopes dos Santos descarta qualquer
irregularidade na prisão em flagrante de Olair, encontrado ainda
vestindo uma máscara e portando uma arma de fogo. "Tenho que, no caso
dos autos, a gravidade em concreto do crime justifica a prisão cautelar,
não sendo possível a concessão da liberdade provisória com aplicação
das medidas cautelares diversas da prisão [...], pois não seriam
suficientes, ao menos segundo os elementos existentes até agora nos
autos, para resguardar a ordem pública", diz Leonardo dos Santos.
O assassinato da adolescente dentro da sala de aula ocorre menos de
um mês depois de um garoto de 14 anos, estudante de um colégio
particular de Goiânia, atirar contra colegas. Dois adolescentes morreram
e cinco foram feridos pelos disparos. O jovem que atirou disse que
sofria bullying, que é a prática frequente de agressões intencionais,
verbais ou físicas, por uma ou mais pessoas contra um ou mais
indivíduos.
Agência Brasil
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