terça-feira, 7 de novembro de 2017

Basta!

Paciência com a Coreia do Norte 'acabou', diz Trump nesta segunda-feira no Japão

'Programa norte-coreano é uma ameaça para o mundo civilizado', disse presidente norte-americano

Paciência com a Coreia do Norte 'acabou', diz Trump no Japão
"O programa norte-coreano é uma ameaça para o mundo civilizado e para a paz e a estabilidade internacionais", disse o americano em Tóquio, a primeira escala de uma viagem pela Ásia dominada pela crise com Pyongyang.
Trump já havia advertido em ocasiões anteriores que Washington poderia ir além da diplomacia para frear o programa de armas nucleares norte-coreano e considerar uma intervenção militar.
"A era da paciência estratégica acabou", afirmou durante em entrevista coletiva conjunta com o o anfitrião, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Trump sugeriu que os EUA irão armar o Japão, como o país já fez com seus aliados no Oriente Médio. Ele não negou relatos de que teria expressado frustração pelo fato de o Japão não ter derrubado um míssil balístico que a Coreia do Norte disparou sobre seu território.
"Ele irá tirá-los do espaço quando terminar a compra de um bocado de equipamento militar adicional dos EUA", afirmou Trump de sobre Abe, ao seu lado em entrevista coletiva.
Pela Constituição, o Japão só pode derrubar um míssil quando ele se dirigir diretamente contra o país ou quando destroços estiverem caindo sobre seu território. Mas membros do partido nacionalista de Abe afirmam que é possível também fazê-lo alegando que um míssil direcionado a Guam é uma ameaça existencial aos EUA, que é um aliado japonês.
O premiê expressou apoio à política americana. Nos últimos meses, em duas ocasiões mísseis norte-coreanos se aproximaram do território japonês. "Respaldamos a política de Trump de manter todas as opções sobre a mesa", afirmou, antes de destacar que o Japão derrubará os mísseis norte-coreanos, "se necessário". "Em tais casos, Japão e Estados Unidos manterão uma cooperação estreita", disse.
Abe anunciou ainda que Tóquio pretende "congelar os bens de 35 organizações e personalidades norte-coreanas", em uma lista adicional de sanções ao programa nuclear e de mísseis de Pyongyang, mas também relativa aos sequestros de japoneses pelos serviços secretos norte-coreanos nas décadas de 1970 e 1980.
Trump chegou ao Japão no domingo (5), em um momento de grande tensão com a Coreia do Norte, entre os temores de que o regime do ditador Kim Jong-un estaria planejando outro teste nuclear.
A viagem, a primeira de Trump ao continente asiático e a mais longa de um presidente americano em 25 anos, acontece após meses de tensão entre Washington e Pyongyang. O presidente americano iniciou a viagem com a advertência de que "nenhum ditador deve subestimar" os Estados Unidos.
Mas em uma entrevista a um canal de televisão, que já estava gravada e foi exibida no domingo, deixou a porta aberta para um encontro com o ditador Kim Jong-un, mas não imediatamente.
"Estaria disposto a fazer isto, mas veremos para onde isto vai. Eu penso que é muito cedo", disse, a respeito de uma eventual reunião com Kim, ao programa do TV "Full Measure".
A aguardada visita foi ofuscada pelo tiroteio em uma igreja do Texas, que deixou pelo menos 26 mortos, uma tragédia que Trump chamou de "espantosa". No entanto, ele descartou debater o controle de armas nos Estados Unidos e atribuiu o caso a um problema mental do atirador..
"Temos um monte de problemas de saúde mental em nosso país, mas não é uma situação imputável às armas", afirmou durante a entrevista coletiva com Abe. 
Notícias ao Minuto com informações da Folhapress

Nenhum comentário:

Postar um comentário