O Congresso do PSDB realizado em João Pessoa e o símbolo que ficou para 2018
Por Heron Cid
Fotografia da reunião dos líderes da Oposição produz efeitos para além do evento |
Essa
semana, o brilhante jornalista Sílvio Osias, um dos mais concisos e
charmosos textos da imprensa paraibana, rememorou, no seu blog, uma
passagem de sua infância. Sílvio perguntou o que eram os símbolos e
ouviu da mãe uma sábia resposta: são coisas pequenas que falam de coisas
grandes.
Ontem, o Congresso Estadual do PSDB cumpriu esse papel
para a Oposição, com reflexos potenciais para a política paraibana. No
mesmo espaço, todos os principais líderes do agrupamento político
reunidos e falando a mesma língua num ponto: a unidade para 2018.
Para
o contexto, há muita simbologia. Há no bloco pelo menos três
candidaturas postas. Mesmo assim, lá estavam Luciano Cartaxo, Romero
Rodrigues e José Maranhão, concorrentes internos. Luciano e Maranhão,
especialmente, a rigor nem precisavam ter aparecido, mas fizeram questão
de bater o ponto.
A presença entusiasmada de Maranhão chegou a
surpreender. Ele teria mil desculpas, se quisesse, para não aparecer.
Não somente foi, como fez um discurso histórico pondo fim,
simbolicamente, ao famoso e longevo racha de 1998, um divisor de águas
da política paraibana.
A reunião funcionou para a Oposição como um
antídoto contra divisão, a aposta do governo para potencializar suas
pretensões de continuidade.
A fotografia, com todos protagonistas
juntos, tem esse viés simbólico, a menos de dez meses das convenções.
Pode nem se repetir em julho de 2018, mas foi, como ensinou a mãe de
Sílvio Osias, um pequeno ato que transmitiu uma mensagem bem maior.
MaisPB
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