Cássio reage à destituição de Tasso Jereissati e acusa Temer de estar por trás no PSDB
Senador paraibano afirma que partido não aceitará interferência
O senador Cássio Cunha Lima,
vice-presidente do Senado, revelou ao blog de Josias de Souza que a
destituição de Tasso Jereissati do posto de presidente interino do PSDB
tem as digitais de Michel Temer.
“O governo interveio no partido”, declarou que anunciou reação não aceitando a intromissão.
Já Tasso Jereissati afirmou que Aécio não disse de onde partia a
pressão que alegava sofrer para tomar a decisão de tirá-lo do cargo de
interino. Mas, no seu entender, houve influência do governo Michel
Temer.
Tasso defende o desembarque tucano do governo, com entrega dos quatro
ministérios que o PSDB ocupa (Cidades, Relações Exteriores, Governo e
Direitos Humanos). Aécio prefere manter a adesão a Temer.
“Aécio não está pensando no coletivo do partido há muito tempo, desde
quando está agarrado a essa presidência do partido. Se estivesse
pensando, isso não estaria acontecendo hoje, nem essa crise. É mais
importante a gente estar unido à voz das ruas, do que apegado às
benesses do poder”, disse.
Tasso negou que vá se desfiliar “independente do que aconteça”. “O PSDB
desses caras não é o meu PSDB”, afirmou. “Não é do Fernando Henrique,
do Mario Covas, do Zé Richa, do Franco Montoro. Não é esse PSDB que está
aí.”
O senador afirmou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, hoje principal presidenciável
do PSDB, foram surpreendidos com a atitude do senador mineiro e que não
há possibilidade de conversa. “Foi uma surpresa para todo mundo”, disse.
“Não há o que mediar.”
Ele confirmou que vai manter a intenção de disputar a presidência da
Executiva Nacional contra Perillo, nome defendido pela ala aecista do
PSDB. “A candidatura continua e até acho que se fortifica nesse momento.
Não é fácil enfrentar a estrutura de poder do governo federal, mais o
próprio partido. Esse movimento (candidatura) não é só meu, é nosso. É
um movimento dentro do partido e o que eles decidirem eu vou acatar. A
gente pode fazer um movimento forte dentro do PSDB.”
WSCOM
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