quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Tenente vira ré por tortura

Tribunal de Justiça tira tornozeleira de tenente acusada por morte de aluno em Mato Grosso

A decisão é dessa quarta-feira (11) pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).


A tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps, que responde criminalmente pela morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, conseguiu na justiça o direito de retirar a tornozeleira eletrônica que a monitorava. A decisão é dessa quarta-feira (11) pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Rodrigo morreu depois de passar mal durante um treinamento aquático dos bombeiros em novembro de 2016, atividade coordenada pela tenente, que era a instrutora do curso.
Segundo o advogado da tenente, Huendel Rolim, o equipamento já foi retirado. O TJMT entendeu que era desnecessário que a tenente continuasse sendo monitorada pela tornozeleira eletrônica. O TJ também revogou a suspensão do exercício da função dela.
A medida do equipamento havia sido determinada em julho deste ano, numa decisão da juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
A primeira audiência sobre a morte do aluno Rodrigo Claro foi marcada pelo juiz Marcos Faleiros da Silva, da Sétima Vara Criminal, para o dia 26 de janeiro de 2018, em Cuiabá.
Além de Ledur, aparece como réu no processo o tenente-coronel Marcelo Augusto Revéles Carvalho (comandante do 1º batalhão e superior da tenente). Faziam parte da equipe de treinamento, e também são réus no processo, o tenente Thales Emmanuel da Silva Pereira, sargento Diones Nunes Sirqueira, cabo Francisco Alves de Barros e sargento Eneas de Oliveira Xavier. Todos devem depor à Justiça.
A audiência está prevista para o dia 26 de janeiro de 2018, às 14h, no Fórum de Cuiabá.
Ledur está afastada das atividades e virou ré por tortura na Justiça. Ela apresentou seis atestados médicos para tratamento de saúde desde a época do caso até julho deste ano. Com isso, o Corpo de Bombeiros declarou que a apuração ficará suspensa até que a tenente retorne da licença médica. Ledur está de atestado até o dia 15 de outubro.
Um inquérito policial militar, que antecedeu ao conselho, apontou que a tenente foi negligente e que também não há indícios de cometimento de homicídio ou tentativa de homicídio contra Rodrigo Claro.
G1

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