quinta-feira, 12 de outubro de 2017

'Mapa do suborno'

Posição do Brasil no 'mapa do suborno', de acordo com relatório da Transparência Internacional sobre corrupção

O mais recente relatório da Transparência Internacional sobre corrupção inclui uma espécie de “mapa do suborno” na América Latina e Caribe, que mostra quanta própria é paga em cada um dos países desta região.
Claro, corrupção não é uma exclusividade latina; é um problema mundial. Inclusive, conforme podemos ver no mapa, alguns países da área são relativamente pouco corruptos.
Como funciona
Com base em uma pesquisa feita com 22 mil pessoas em 20 países da região, o mapa mostra a porcentagem de cidadãos de cada país que disseram pagar um suborno ou trocar favores nos últimos 12 meses para acessar serviços básicos, incluindo escolas, hospitais, funcionários do governo, policiais e juízes.
O pequeno Trinidad e Tobago (6%) é o país mais livre de corrupção da região, seguido, talvez surpreendentemente, pelo Brasil (11%). O único outro país com uma porcentagem abaixo de 20% é a Argentina (16%).
Oito países marcam entre 20% e 30%, como Jamaica (21%), Chile e Uruguai (ambos em 22%), Paraguai (23%), Costa Rica (24%) e Equador, Bolívia e Guatemala (todos com 28%). 
A América Central é um ponto mais escuro do mapa, devido ao alto nível de corrupção na Nicarágua (30%), El Salvador (31%), Honduras (33%) e Panamá (38%). Colômbia (30%) e Venezuela (38%) também não estão bem neste quesito.
Os piores três países são Peru (39%), República Dominicana (46%) e o líder México, com 51% – o que significa que mais de metade dos cidadãos mexicanos precisam pagar suborno para ter acesso a serviços básicos.
Vergonha
O Brasil pode ter se saído melhor do que o esperado, mas isso não significa que a América Latina como um todo não tenha um sério problema quando se trata de corrupção.
Extrapolando para toda a região, a organização não governamental Transparência Internacional descobriu que “mais de 90 milhões de pessoas nos 20 países inquiridos pagaram um suborno nos 12 meses anteriores, ou pouco menos de uma em cada três pessoas quando entraram em contato com os serviços públicos”. 
[BigThink] - Por: Natasha Romanzoti

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