Posição do Brasil no 'mapa do suborno', de acordo com relatório da Transparência Internacional sobre corrupção
O mais recente relatório da Transparência Internacional sobre
corrupção inclui uma espécie de “mapa do suborno” na América Latina e
Caribe, que mostra quanta própria é paga em cada um dos países desta
região.
Claro, corrupção não é uma exclusividade latina; é um problema
mundial. Inclusive, conforme podemos ver no mapa, alguns países da área
são relativamente pouco corruptos.
Como funciona
Com base em uma pesquisa feita com 22 mil pessoas em 20 países da
região, o mapa mostra a porcentagem de cidadãos de cada país que
disseram pagar um suborno ou trocar favores nos últimos 12 meses para
acessar serviços básicos, incluindo escolas, hospitais, funcionários do
governo, policiais e juízes.
O pequeno Trinidad e Tobago (6%) é o país mais livre de corrupção da
região, seguido, talvez surpreendentemente, pelo Brasil (11%). O único
outro país com uma porcentagem abaixo de 20% é a Argentina (16%).
Oito países marcam entre 20% e 30%, como Jamaica (21%), Chile e
Uruguai (ambos em 22%), Paraguai (23%), Costa Rica (24%) e Equador,
Bolívia e Guatemala (todos com 28%).
A América Central é um ponto mais escuro do mapa, devido ao alto
nível de corrupção na Nicarágua (30%), El Salvador (31%), Honduras (33%)
e Panamá (38%). Colômbia (30%) e Venezuela (38%) também não estão bem
neste quesito.
Os piores três países são Peru (39%), República Dominicana (46%) e o
líder México, com 51% – o que significa que mais de metade dos cidadãos
mexicanos precisam pagar suborno para ter acesso a serviços básicos.
Vergonha
O Brasil pode ter se saído melhor do que o esperado, mas isso não
significa que a América Latina como um todo não tenha um sério problema
quando se trata de corrupção.
Extrapolando para toda a região, a organização não governamental
Transparência Internacional descobriu que “mais de 90 milhões de pessoas
nos 20 países inquiridos pagaram um suborno nos 12 meses anteriores, ou
pouco menos de uma em cada três pessoas quando entraram em contato com
os serviços públicos”.
[BigThink] - Por: Natasha Romanzoti
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