Ministério Público Federal denuncia irmãos Batista por uso de informação privilegiada e manipulação do mercado financeiro
Segundo o MPF, os
dirigentes do grupo JBS, lucraram R$ 100 milhões com a compra de
dólares poucos dias antes do vazamento do acordo de deleção
Irmãos Batista: Wesley e Joesley |
O
Ministério Público Federal (MPF) denunciou os irmãos Joesley e Wesley
Batista pelo crime de uso de informação privilegiada e manipulação do
mercado financeiro pelas empresas JBS e FB Participações, de que são
controladores.
Segundo o MPF, os empresários, dirigentes do grupo JBS, lucraram R$
100 milhões com a compra de dólares poucos dias antes do vazamento do
acordo de deleção premiada que fizeram com a Procuradoria-Geral da
República (PGR).
Investigações da Polícia Federal, cujas conclusões foram entregues na
segunda-feira (9) ao MPF, concluíram que a holding J&F,
controladora do grupo, comprou US$ 1 bilhão às vésperas da data em que a
delação premiada foi divulgada pela imprensa. Segundo os procuradores
Thaméa Danelon Valiengo e Thiago Laceda Nobre, os irmãos lucraram R$ 100
milhões com a operação.
Eles teriam também vendido R$ 327 milhões em ações da JBS enquanto
seus executivos negociavam o acordo com a PGR. O MPF afirma que eles
sabiam que a delação causaria a queda das ações da JBS e a alta do dólar
e atuaram para reduzir o prejuízo da empresa.
O MPF aponta Wesley como responsável pela compra dos dólares, e ele
está sujeito a pena de até 18 anos de prisão. Já Joesley teria
articulado a manipulação do mercado e pode pegar pena de 13 anos.
Agência Brasil
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