sábado, 7 de outubro de 2017

Independência da Catalunha

Milhares de pessoas saem às ruas para protestar contra independência da Catalunha

Na praça Colón, em Madri, uma multidão com bandeiras espanholas bradou lemas como "Catalunha é Espanha. Não nos enganam" e "Com golpistas não se dialoga".

Nesta sexta (6), O governo do primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy afirmou que deseja eleições regionais na Catalunha para pôr fim na crise entre o território catalão e Madri - (Foto: Reprodução)


Milhares de pessoas foram às ruas em Madri e em Barcelona neste sábado (7) para pedir que a Espanha siga unida e que haja diálogo entre o governo do país e o da região da Catalunha, que promete declarar independência depois do referendo do último domingo (1).
Na praça Colón, em Madri, uma multidão com bandeiras espanholas bradou lemas como "Catalunha é Espanha. Não nos enganam" e "Com golpistas não se dialoga".
O protesto foi convocado pela Fundação Denaes. Segundo o porta-voz da entidade, Iván Espinosa, o ato "não é um patriotismo anti-catalão. Ele surge em reação à um movimento excludente".
Por sua vez, em frente à prefeitura de Madri, vestidos de branco e sem bandeiras do país ou da região, os manifestantes utilizaram o lema "Podemos conversar?" para direcionar a mensagem aos líderes dos dois governos.
O ato foi convocado pelo recém-criado movimento cívico Hablemos/Parlem, que defende o diálogo entre espanhóis e catalãos. As manifestações pressionam o líder da Catalunha, Carles Puigdemont, para que ele abandone seu projeto de declarar independência de modo unilateral.
Nesta sexta (6), O governo do primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy afirmou que deseja eleições regionais na Catalunha para pôr fim na crise entre o território catalão e Madri.
Em pronunciamento, o delegado do governo central na Catalunha, Enric Millo, também pediu "desculpas" por deixar diversos feridos durante a operação policial no dia do referendo separatista. Por sua vez, um dia antes, o Tribunal Constitucional da Espanha suspendeu, por medida cautelar, a sessão do Parlamento da Catalunha agendada para segunda-feira (9), na qual era esperado que o governo catalão declarasse a independência do território.
A tensão entre o governo espanhol e a Catalunha também causou mal estar junto as empresas. O conselho de administração do CaixaBank, principal banco na Catalunha e um dos mais importantes da Espanha, decidiu, em uma sessão extraordinária, transferir sua sede social para fora da Catalunha, na cidade de Valência.
Este foi o segundo banco a mudar sua sede.Na última quinta (6), o Banco Sabadell, quinto maior da Espanha, anunciou a retirada de sua sede da região. Com esta decisão, a entidade busca "proteger os interesses dos clientes, acionistas e funcionários, garantindo a permanência da entidade na zona do euro sob a supervisão do Banco Central Europeu (BCE)" diante de uma eventual secessão.
Para este domingo (8), ainda é esperado uma grande marcha pela unidade da Espanha, em Barcelona.
Agência Ansa

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