Museu de Arte de São Paulo proíbe entrada de menores de 18 anos no local
Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO |
O
Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, no Centro da
cidade, inaugura nesta sexta-feira (20) a exposição “Historias da
Sexualidade”. Segundo o Museu, pela primeira vez em 70 anos, será
proibida a presença de menores de 18 anos no local, mesmo acompanhados
dos pais ou responsáveis.
Em
nota, o Masp afirma que buscou orientação jurídica que “confirmou a
autoclassificação. Ainda afirma que houve a análise das obras
integrantes da exposição Histórias da sexualidade, à luz dos critérios
contidos no Guia Prático de Classificação Indicativa do Ministério da
Justiça. Assim concluiu-se que tal exposição deveria ser classificada
como não permitida para menores de 18 anos”.
“Observando
a regulamentação vigente e orientação jurídica sobre o tema, o MASP
estabeleceu a autoclassificação de 18 anos, restringindo o acesso à
referida exposição para menores de idade, mesmo que acompanhados de seus
responsáveis. Tal classificação será restrita às galerias da exposição
Histórias da sexualidade no 1o andar, 1o subsolo e sala de vídeo. As
exposições Guerrilla Girls: gráfica, 1985-2017, Pedro Correia de Araújo:
Erótica e Acervo em Transformação, nas galerias do 1º subsolo, 2o
subsolo e 2o andar, respectivamente, continuarão abertas ao público em
geral, com classificação livre”, explica a nota.
Com
mais de 300 obras de diversos artistas, a exposição, concebida em 2015,
insere-se na programação anual do museu, dedicada às histórias da
sexualidade.
Algumas
obras de artistas centrais do acervo do Masp, como Edgard Degas, Maria
Auxiliadora da Silva, Pablo Picasso, Paul Gauguin, Suzanne Valadon e
Victor Meirelles, estarão expostas em novos contextos, oferecendo outras
possibilidades de compreensão e leitura.
O
material estará reunido em nove núcleos temáticos e não cronológicos:
Corpos nus, Totemismos, Religiosidades, Performatividades de gênero,
Jogos sexuais, Mercados sexuais, Linguagens e Voyeurismos, na galeria do
primeiro andar, e Políticas do corpo e Ativismos, na galeria do
primeiro subsolo. A mostra inclui também a sala de vídeo no terceiro
subsolo, como parte do núcleo Voyeurismos.
A
medida ocorre menos de um mês após o Museu de Arte Moderna (MAM) e seus
funcionários serem alvo de ataques por conta de um vídeo divulgado nas
redes sociais em que uma criança aparece interagindo com a performance
de um artista nu. O caso rendeu investigação do Ministério Público.
G1
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