quinta-feira, 12 de outubro de 2017

EUA saem da Unesco

Como país membro da Unesco, Estados Unidos anunciam saída da organização

Imagem de arquivo da sede da Unesco em Paris (Foto: Reuters/Philippe Wojazer)
Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (12) oficialmente sua decisão de se retirar da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O país permanecerá como membro da entidade até o final do ano.
Segundo o Departamento de Estado norte-americano, os EUA pretendem estabelecer uma missão permanente como “observadores” nesse organismo.
“Não foi uma decisão fácil e reflete as preocupações dos EUA com pagamentos em atraso na Unesco, a necessidade de reformas fundamentais na organização e a continuidade do viés anti-Israel na Unesco”, informou o departamento.
Os EUA reduziram substancialmente suas contribuições em dinheiro para a Unesco em 2011, em protesto contra a decisão de permitir o ingresso pleno dos palestinos na entidade.
Na época, o financiamento norte-americano equivalia a pouco mais de 20% das verbas totais da Unesco, a primeira agência da ONU em que os palestinos buscaram integração como membro total.
EUA, Canadá e Alemanha votaram contra o ingresso dos palestinos. Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul e França, entre outros, votaram a favor. O Reino Unido se absteve.
Reação da Unesco
A entidade lamentou publicamente a saída dos EUA como país membro da organização.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse lamentar profundamente a decisão dos EUA de se retirar da entidade, após ter recebido a notificação oficial do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson.
Bokova acrescentou que a decisão dos EUA marca uma perda para o multilateralismo e para a “família das Nações Unidas”.
Saída de Israel
No ano passado, Israel anunciou a suspensão de sua cooperação com a Unesco, um dia depois de uma votação criticada pelos israelenses sobre um local sagrado de Jerusalém. Do ponto de vista israelense, a decisão seria uma negação do vínculo milenar entre os judeus e a cidade.
Na resolução aprovada pelos estados membros da Unesco, Israel foi criticada por restringir o acesso de muçulmanos a um local, reverenciado por judeus e muçulmanos, que é conhecido por judeus como Monte do Templo e por muçulmanos como al-Aqsa our Haram al-Sharif.
Jerusalém Oriental é a parte palestina de Jerusalém ocupada desde 1967 por Israel, e anexada posteriormente, e que os palestinos aspiram a tornar a capital de seu futuro Estado.
G1

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