Marido traído denuncia amante para Polícia Federal em Feira de Santana, na Bahia
O
empresário Ricardo Peixoto Silva, 37 anos, preso nesta segunda-feira
(9) suspeito de fabricar e comercializar suplementos alimentares de
forma clandestina, sofreu uma tentativa de homicídio em 2016.
O
crime foi motivado por ação passional, mas foi o que desencadeou a
investigação da Polícia Federal (PF) que fez ele passar de vítima a
prisioneiro.
Segundo investigadores, Ricardo tinha um
relacionamento com uma mulher casada. Os dois frequentavam a mesma
academia, em Feira de Santana, na Bahia, o que teria facilitado os
encontros, mas o marido traído descobriu e mandou matar o amante. Ele
foi baleado cinco vezes, mas as balas não acertaram órgãos vitais e, por
isso, sobreviveu ao ataque.
Ainda inconformado, o marido
contratou cinco advogados para passar uma lupa na vida de Ricardo. O
objetivo era encontrar alguma irregularidade que pudesse complicar o
empresário com a polícia.
Depois das ‘investigações’, os advogados
descobriram que Ricardo estava fabricando suplementos de forma
clandestina e denunciaram o empresário para a PF. Um dos federais que
acompanham o caso contou ao CORREIO que a denúncia foi o que deu início
para descobrir outros crimes do empresário.
“Esse tipo de caso não
é investigado pela Polícia Federal, mas sempre que recebemos uma
denúncia verificamos quem é o denunciado. Quando levantamos as
informações sobre Ricardo, descobrimos que ele estava fraudando o
sistema financeiro e, por isso, a corregedoria (da PF) determinou que
fosse aberta uma investigação”, contou o policial.
Ainda segundo a
fonte, atualmente o empresário estava tendo um relacionamento com outra
mulher comprometida, também em Feira, e foi ameaçado por conta disso.
Ricardo
já estava cumprindo pena por outro crime quando foi preso nesta
segunda. No dia 5 de agosto, policiais federais prenderam o empresário
por uso de moeda falsa. Ele também estava sendo investigado por
falsificação de documentos. A justiça determinou que ele pagasse pelo
crime prestando serviços comunitários e, por isso, ele estava em
liberdade quando a polícia cumpriu o mandado de prisão preventiva.
Investigação
Segundo
a PF, Ricardo estava fabricando suplementos de forma clandestina em uma
casa alugada, em Feira de Santana. Além dos insumos comuns nos
suplementos, ele manipulava duas substâncias proibidas por lei: cafeína e
glutamina. O empresário não tem autorização da Vigilância Sanitária e
Ambiental (Divisa) para usar os dois materiais.
A polícia informou
que ele vendia os suplementos em Feira de Santana e para seis academias
em Salvador. Os nomes dos locais não foram divulgados.
Correio 24 Horas
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