Tribunal mantém Sérgio Moro à frente de processo contra Lula na Operação Lava Jato
Na ação, ex-presidente é acusado de receber propina da Construtora Odebrecht
© Pedro de Oliveira/ ALEP
Os
desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)
negaram, nesta quinta-feira (19), por unanimidade, dois pedidos feitos
pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo uma
exceção de suspeição e um habeas corpus, e mantiveram o juiz Sérgio Moro
à frente do processo em que o petista é acusado de receber propina da
Odebrecht.
De acordo com informações
do portal G1, esta não foi a primeira tentativa dos advogados de afastar
Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, da ação. No dia
22 de setembro, o próprio TRF4 negou uma solicitação semelhante.
No
caso do habeas corpus, a defesa alega ter havido "ato ilegal" durante o
depoimento prestado por Lula na Justiça de Curitiba, em 13 de setembro.
"No
final do interrogatório de Lula, realizado em 13 de setembro, o juiz
afirmou que o ex-presidente é 'culpado' e na sequência disse, ainda, em
tom ameaçador 'se nós fôssemos discutir aqui, não seria bom pro
senhor'", cita o advogado de Lula, Cristiano Zanin.
Já o pedido de exceção de
suspeição foi feito em nome de Lula e da esposa Marisa Letícia Lula da
Silva. Para os advogados do ex-presidente, o juiz "não detém a
imparcialidade necessária para julgá-lo diante do deferimento de medidas
cautelares que configuram prejulgamento da causa ou mesmo pelo fato de
seu modo de agir em todos os feitos criminais no qual o ora excipiente
figura como investigado ou réu".
O ex-presidente Lula e o juiz federal Sergio Moro - (Divulgação/Divulgação) |
Notícias ao Minuto
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