Comitê Olímpico Internacional suspende provisoriamente Comitê Olímpico do Brasil e Nuzman
A decisão não afeta os atletas brasileiros e uma equipe do país será aceita nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, bem como nas outras competições sob os cuidados do COI
Carlos Arthur Nuzman foi preso pela Polícia Federal - (Foto: Pablo Jacob/ O Globo) |
Após a prisão temporária do presidente do Comitê
Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, na Operação Unfair Play –
Segundo Tempo ontem (5), o Comitê Olímpico Internacional (COI)
suspendeu o COB e Nuzman provisoriamente de suas atividades junto à
entidade internacional. O anúncio foi publicado hoje na página oficial
do COI.
Segundo a nota, o Conselho de Administração do COI tomou a decisão
baseado nas acusações contra Nuzman, de ter intermediado suposta compra
de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos 2016. Com
isso, o dirigente brasileiro foi retirado da Comissão de Coordenação dos
Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e teve suas prerrogativas e funções como
membro honorário do comitê internacional suspensas.
Com relação ao COB, a suspensão provisória impõe o congelamento de
subsídios e pagamentos do COI à entidade brasileira, que também está sem
permissão para “exercer seus direitos em Associações Olímpicas
Nacionais (NOC associations, na sigla em inglês).
A decisão não afeta os atletas brasileiros e uma equipe do país será
aceita nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, bem como nas
outras competições sob os cuidados do COI. As bolsas olímpicas para
atletas brasileiros também continuarão a ser pagas.
Sobre o Comitê Organizador Rio 2017, o COI informa que cumpriu todas
as obrigações até dezembro de 2016, com contribuição financeira
significativamente maior do que as obrigações contratuais, “levando em
consideração a grave crise que afeta o país”. As relações do COI com o
Comitê Organizador também foram suspensas provisoriamente.
“O COI reitera seu compromisso total com a proteção da integridade do
esporte e continuará a tratar de qualquer questão que afete tal
integridade, conforme as regras e regulamentos de seu sistema de
governança recentemente reformado", informou a entidade.
"Para acompanhar este caso de modo adequado, o Conselho Executivo
solicita a todas as autoridades judiciais que forneçam à Comissão de
Ética do COI, o mais breve possível, todas as informações disponíveis. O
COI seguirá cooperando plenamente com todas essas autoridades
judiciais. É do mais alto interesse do COI poder esclarecer por completo
tais questões relativas a um Membro do COI, ou a um Membro Honorário do
COI, o mais rápido possível, a fim de proteger sua reputação como
organização”, completou.
Todas as medidas podem ser retiradas assim que “questões de governança” forem sanadas.
Agência Brasil
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