Digitais de Geddel Vieira Lima são encontradas em apartamento com dinheiro
Polícia
Federal encontrou as impressões digitais do ex-ministro Geddel Vieira
Lima, no apartamento onde nesta terça-feira (5) foram encontrados R$ 51
milhões em espécie – distribuídos em malas e caixas. A quantia é a maior
apreensão em dinheiro vivo já feita pela PF.
As impressões digitais reforçam as suspeitas de ligação do ex-ministro
com o dinheiro, comprovando que ele esteve no imóvel onde a quantia
milionária estava guardada.
Para a Polícia Federal, o apartamento onde foram encontradas impressões
digitais de Geddel, no bairro da Graça, em Salvador, era um local de
armazenagem de dinheiro em espécie.
A quantia foi localizada em uma ação de busca e apreensão na Operação
Tesouro Perdido, um desdobramento da Operação Cui Bono, sobre
investigações de fraudes na liberação de créditos da Caixa Econômica
Federal.
De acordo com a Polícia Federal, o dinheiro, que seria utilizado pelo
ex-ministro Geddel Vieira Lima, foi contabilizado em R$ 42.643.500 e US$
2.688.000 (R$ 8.387.366,40, segundo a cotação do dia, de US$ 1 dólar =
R$ 3,1203). A soma dos valores em dólares e reais é de R$ 51.030.866,40.
Um vídeo divulgado pela polícia mostra a contagem das cédulas. Depois de
contado, o valor deve ser encaminhado para uma conta judicial.
Geddel cumpre prisão domiciliar há quase dois meses no apartamento dele,
em Salvador, sem monitoramento eletrônico. A Secretaria de
Administração Penitenciária da Bahia (Seap) não dispõe de tornozeleiras.
Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal
entre 2011 e 2013, durante o governo de Dilma Rousseff. No governo
Temer, foi ministro da Secretaria de Governo.
A prisão de Geddel foi decretada em julho. No pedido à Justiça, o
Ministério Público Federal afirmou que Geddel é "um criminoso em série" e
que faz dos crimes financeiros e contra a administração pública "sua
própria carreira profissional".
G1
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