Joesley Batista e Ricardo Saud chegam a Brasília, onde ficarão presos
Foto: Zanone Fraissat/Folha |
O
empresário Joesley Batista, um dos do donos do grupo J&F, e o
executivo da empresa Ricardo Saud chegaram a Brasília no início da tarde
desta segunda-feira (11).
Eles
foram presos neste domingo (10) em São Paulo e levados nesta segunda em
um avião da Polícia Federal para Brasília, onde ficarão presos por pelo
menos cinco dias.
Joesley e Saud tiveram a prisão temporária decretada pelo ministro Luiz Édson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Eles devem permanecer detidos ao menos por cinco dias, mas a prisão temporária pode ser prorrogada ou até mesmo convertida em preventiva, que não tem prazo determinado para terminar.
Eles devem permanecer detidos ao menos por cinco dias, mas a prisão temporária pode ser prorrogada ou até mesmo convertida em preventiva, que não tem prazo determinado para terminar.
Na
última semana, o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, anunciou que revisaria os acordos de delação premiada dos
executivos, com base na gravação de uma conversa na qual Joesley e Saud
dão a entender que omitiram informações nos depoimentos à
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nos
diálogos, há trechos em que os executivos falam sobre Marcelo Miller,
ex-procurador da República, que supostamente estava orientando os
dirigentes da J&F a elaborar os termos de delação premiada, quando
ainda fazia parte do MPF.
Em
nota, as defesas de Joesley e Saud disseram que “não mentiram nem
omitiram informações no processo que levou ao acordo de colaboração
premiada e que estão cumprindo o acordo”.
Em
Brasília, Joesley e Saud devem ser submetidos a exame de corpo de
delito no Instituto Médico Legal (IML) para verificar em que condições
foram detidos. Só depois, eles devem ser levados para a superintendência
da Polícia Federal, onde ficarão detidos.
‘Recepção’
Na
porta da superitendência da PF, três manifestantes aguardavam os
executivos com cartazes contra a corrupção. Eles erguiam frases como:
“Joesley, a Papuda te espera”, numa referência ao presídio do Distrito
Federal.
Segundo o autônomo Joaquim José Gomes, um a intenção é “recepcionar” o dono da J&F.
“Estamos
comemorando a prisão de Joesley. Antigamente só prendiam pretos e
pobres. Hoje, estão indo [presos] brancos ricos e poderosos também”,
afirmou o manifestante.
G1
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